Conjuntura Política
Movimentos sociais chamam às ruas neste sábado contra o governo Bolsonaro, a fome e o desemprego
08/04/2022 15h53
Movimentos populares, sociais e sindicais voltam às ruas neste sábado (9/4) para protestar contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). Há manifestações confirmadas em mais de 40 cidades em todo o país. O tema dos atos será: “Bolsonaro Nunca Mais, contra o aumento dos combustíveis e do gás, não ao desemprego e à fome”.
Em São Paulo, a manifestação será na Praça da República, às 14h. Nas cidades em que há unidades da USP, estão confirmados atos em Ribeirão Preto, na esplanada do Theatro Pedro II, às 9h, e em Santos, na Estação da Cidadania, às 16h.
A mobilização nacional irá denunciar a gravidade da crise econômica, social, ambiental e cultural que assola o Brasil. Em 40 meses de governo Bolsonaro, as condições de vida da população pioraram significativamente. O desemprego atinge mais de 12 milhões de brasileiros, há mais de 125 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, segundo a campanha nacional #ForaBolsonaro, e o número de pessoas vivendo nas ruas multiplicou-se a olhos vistos nos dois últimos anos.
A inflação segue subindo, o que contribuirá para piorar ainda mais a situação. Nesta sexta-feira (8/4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março: a taxa chegou a 1,62%, a maior para o mês nos últimos 28 anos. O acumulado nos últimos doze meses alcançou 11,3%, o maior desde outubro de 2003.
O governo Bolsonaro também tem protagonizado muitos casos de corrupção, como o do “orçamento secreto” no Congresso Nacional e o esquema de troca de favores com pastores evangélicos para beneficiar instituições religiosas com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), recentemente denunciado. O escândalo provocou a queda de Milton Ribeiro do Ministério da Educação (MEC).
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) convoca a categoria a se juntar aos atos. A data foi incluída no calendário de lutas das e dos docentes durante o 40º Congresso do sindicato, realizado de 27 a 31/3 em Porto Alegre.
“É fundamental a centralidade da luta pelo Fora Bolsonaro e todo o seu governo, responsável por uma política genocida, pelo descaso com a Covid-19 e, ainda, por representar uma política neoliberal que destrói os serviços públicos e tem como consequência as altas taxas de desemprego, a fome e as precárias condições de vida da classe trabalhadora. Precisamos estar permanentemente nas ruas, dialogando em nossos locais de trabalho e mobilizando a população sobre o que significa o impacto dessas políticas em nossas vidas e a necessidade de derrubarmos este governo”, afirma Francieli Rebelatto, 2º secretária do Andes-SN.
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