As manifestações de 29 de maio contra o governo Bolsonaro-Mourão, que reuniram centenas de milhares de pessoas em todo o país, podem ter sido um decisivo ponto de inflexão na conjuntura política. Até aquele momento, mesmo enfrentando crescentes dificuldades políticas, como a instalação da CPI da Covid-19 no Senado Federal e outros reveses sofridos no Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro vinha conseguindo esquivar-se dos ataques e manter-se em alguma medida na ofensiva.

Seus aliados no Congresso Nacional, em especial o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, até então podiam sentar-se comodamente sobre a pilha de mais de 60 pedidos de impeachment do presidente da República. Esse comportamento ficou mais difícil de justificar após o #29M. E certamente ficará ainda mais complicado após este sábado (19/6), quando a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo e outras articulações e grupos pretendem colocar milhões de brasileiras e brasileiros nas ruas para exigir o fim do governo Bolsonaro-Mourão.

De acordo com o Andes-Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), as bandeiras “Vacina, Pão, Saúde e Educação”, “Fora Bolsonaro e Mourão”, “Vacina para todos e todas já” e “Auxílio emergencial já de pelo menos R$ 600” estarão espalhadas em atos por todo o Brasil. Nesta quinta-feira (17/6), a coordenação nacional do #19J já contava com a realização de mais de 400 atos no país. No exterior, as mobilizações começam nesta sexta-feira (18/6) e vão até domingo (20/6).

“Precisamos de um enfrentamento forte, aguerrido e corajoso no nosso país, para dizer ‘queremos vacina, pão, saúde e educação’, ‘Fora Bolsonaro e fora Mourão”, conclama Rivânia Moura, presidenta do Andes-SN.Ela ressalta a importância de todas e todos saírem às ruas respeitando as medidas de segurança sanitária: utilizar máscaras PFF2 e álcool em gel para higienizar as mãos com frequência, e manter o distanciamento mínimo de 2 metros.

EXPRESSO ADUSP


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