A ousadia dos privatizadores da USP não conhece limites.  Agora é o Diário Oficial do Estado (edição do Poder Executivo, Seção II) que divulgou na edição de 3/6/2006, em página nobre (III), com manchete de duas linhas cheias e até publicação de fotografia, uma “reportagem” sobre  o MBA Gestão de Operações – Produtos & Serviços, oferecido pelo Programa de Educação Continuada em Engenharia (Pece) em atividade na Escola Politécnica.

O pagamento de tal MBA, como explica a própria matéria, “pode ser feito em 12 parcelas de R$ 1.400, e a taxa de matrícula é de R$ 1.300”, ou seja, trata-se de um curso pago que cobra um total de R$ 18.100 por estudante. Como o texto faz questão de lembrar, o “corpo docente é formado por professores e especialistas vinculados à USP”.

Em suma, trata-se tipicamente de atividade que, por ser ilegal, deu ensejo à ação civil pública que o Ministério Público Estadual move contra a USP, para que essa instituição de ensino seja proibida de oferecer cursos pagos de qualquer modalidade ou a qualquer título. O mais grave é que o Diário Oficial, um órgão do poder público subvencionado pelos tributos pagos pelos contribuintes, faça propaganda de um procedimento que viola frontalmente o inciso IV do artigo 206 da Constituição Federal em vigor.

 

Matéria publicada no Informativo nº 215

EXPRESSO ADUSP


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