Na USP, a comissão sindicante criada para apurar fatos relacionados à ocupação da Reitoria, ocorrida em maio de 2007, já convocou cerca de 20 alunos para depor. A Reitoria nega-se a fornecer ao DCE qualquer documento relativo à comissão. “O caráter sigiloso da sindicância, e o modo obscuro como ela tem sido conduzida, são fortes indicações de que se trata de uma tentativa de perseguir e intimidar aqueles que participaram da luta em defesa da autonomia universitária”, diz nota do DCE.

Na Unesp de Araraquara, onde também houve ocupação, três alunos foram impedidos de realizar matrícula porque foram suspensos por seis meses pelo diretor da unidade, apesar de o processo de sindicância ainda não ter sido finalizado. “Preocupados com a devida apuração dos fatos e com a imposição de dano irreparável aos alunos, solicitamos que lhes seja garantida a matrícula até que se esgotem todas as possibilidades de tratamento desta questão”, pede o Fórum das Seis em nota.

Na PUC, foi instaurado pela Reitoria um processo administrativo contra nove alunos, que pode acarretar expulsão. Eles foram considerados líderes do movimento de ocupação, do qual participaram mais de 300 estudantes, por uma comissão sindicante que nem sequer ouviu os alunos acusados. Só foram ouvidos os seguranças da empresa privada Graber, que presta serviços à PUC. A Associação dos Docentes da PUC considera que o processo administrativo e os trabalhos da comissão de sindicância violam os direitos humanos. Além do processo administrativo, alguns estudantes foram ameaçados de perder bolsas de estudo e outros tiveram negado o direito de renegociar dívidas com a universidade.

 

Matéria publicada no Informativo nº 252

EXPRESSO ADUSP


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