Realizada de maneira remota na última terça-feira (26/10), a Assembleia Geral Extraordinária da Adusp deliberou pela suspensão do indicativo de greve, com continuidade da pressão sobre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) para retomada da negociação da data-base de 2021. O horizonte está voltado para janeiro de 2022, uma vez que a Lei Complementar (LC) 173/2020 perderá efeito depois de 31/12/2021.

A LC 173, publicada pelo governo federal em maio de 2020, tem sido utilizada como justificativa pelos reitores da USP, Unesp e Unicamp para não concederem reajuste salarial às categorias de servidora(e)s até o final deste ano. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), recorde-se, já manifestou entendimento de que a USP não está subordinada a essa normativa.

A Adusp manterá a luta pelos itens que constam da pauta unificada do Fórum das Seis:

Apenas uma chapa de reitoráveis aceita convite para reunião com docentes

A Diretoria da Adusp comunicou que convidou as duas chapas de reitoráveis para reunião aberta com a categoria. A professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, candidata a vice-reitora na chapa “USP Viva”, respondeu, em nome da chapa, aceitando o convite. Antonio Carlos Hernandes, candidato a reitor na chapa “Somos Todos USP”, declinou do convite alegando não ter agenda.

A “USP Viva”, que tem Carlos Gilberto Carlotti Junior como candidato a reitor, pediu a realização de uma reunião com a Diretoria da entidade para discutir o Programa da Adusp para a USP. Esse encontro foi agendado para o dia 4/11. Ainda não há data para a reunião aberta, que será transmitida pela Internet.

A Diretoria comunicou ainda que lançará campanha de balanço da gestão reitoral V. Agopyan-A.C. Hernandes, que se encerra em janeiro. A campanha terá cards e charges.

Adusp saúda luta contra ataques ao funcionalismo e ao serviço público

A Adusp tem participado das atividades propostas pela Frente Paulista em Defesa do Serviço Público contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, a contrarreforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro, que tramita na Câmara dos Deputados.

Em Brasília, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) participa das mobilizações contra a PEC 32, com presença nos atos de “recepção” a parlamentares no aeroporto da capital federal, nas marchas e na vigília permanente em frente ao Anexo II da Câmara.

Docentes ligada(o)s à Adusp que estejam interessada(o)s em participar das atividades em Brasília devem entrar em contato com a entidade pelo endereço eletrônico secretaria@adusp.org.br.

A Assembleia Geral aprovou moção de reconhecimento às e aos colegas que há semanas têm atuado nessas manifestações contrárias à aprovação da PEC 32. “Registramos igual solidariedade e reconhecimento às/aos colegas servidoras/es que, à semelhança do que ocorre em âmbito nacional, têm cumprido papel imprescindível nos estados e municípios contra as políticas de Executivos que buscam também acabar com o serviço público, e tudo isso em um contexto nada favorável à mobilização, por conta da pandemia ainda em curso”, prossegue o texto.

Outra moção aprovada solicita o cancelamento do título de cidadão honorário concedido pela cidade italiana de Anguillara Veneta a Jair Bolsonaro. O texto, escrito em italiano pelo professor Pierluigi Benevieri, docente do Instituto de Matemática e Estatística (IME), será enviado ao e-mail oficial da cidade e ao e-mail institucional da prefeita Alessandra Buoso.

Já a Assembleia Geral Ordinária, realizada antes da Extraordinária, apreciou e aprovou os relatórios da Diretoria dos períodos de 2018-2019 e 2019-2021.

EXPRESSO ADUSP


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