Nesta segunda-feira (5/8), após cinco dias de greve, trabalhadores(as) da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul), empresa da União dirigida pela Marinha de Guerra (Ministério da Defesa), decidiram em assembleia suspender a greve iniciada em 31/7, mantendo estado de greve e assembleia permanente, e autorizar o Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de São Paulo (SINTPq), que representa a categoria, a ajuizar dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2).

“A Amazul adotou uma postura leviana em reunião com o sindicato na tarde de segunda-feira”, acusou o SINTPq. “Foi lamentável a desconsideração, a falta de respeito e a intransigência da empresa em não atender as reivindicações da categoria”. No entender da direção do sindicato, a Amazul “não tem interesse nenhum nas negociações”, apesar da retórica em sentido contrário.

“Em relação às 40 horas de greve, a diretoria da empresa concordou que 50% delas deverão ser compensadas no banco de horas e 50% abonadas. Não haverá nenhum desconto nos benefícios”, informou o SINTPq.

A Amazul tem parte de seu pessoal atuando no Centro Tecnológico da Marinha, situado no interior da Cidade Universitária do Butantã, mas a maior parcela da sua força de trabalho concentra-se em Iperó (SP), nas instalações onde é desenvolvido o projeto do submarino nuclear.

Também entraram em dissídio, após greve de curta duração, os trabalhadores e trabalhadoras do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O corpo de trabalho do IPT luta por salário digno, com reposição da inflação, pois o governo estadual, após oferecer inicialmente um indizível reajuste de 1%, fez nova proposta, baseada no IPC-FIPE, de 2,66%, inferior ao percentual medido pelo INPE-IBGE, que é de 3,54%.

EXPRESSO ADUSP


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