As “Conversas com Candidatos a Reitor”, realizadas de modo conjunto por quatro unidades (Instituto Oceanográfico, Instituto de Geociências, Instituto de Matemática e Estatística e Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas), prosseguiram nos dias 22/10 e 24/10, quando expuseram seus programas, respectivamente, Wanderley Messias da Costa (chapa 4, “Mantendo o Rumo”, com Suely Vilela), e Hélio Nogueira da Cruz (chapa 1, “Diversidade e Excelência”, com Telma Zorn).

“Ampliar o apoio institucional e material aos grupos de pesquisas e programas de pós-graduação e aprofundar a internacionalização da universidade”; “manter e aperfeiçoar a política de valorização dos recursos humanos, com ênfase nas carreiras de docentes e funcio­ná­rios”; “concentrar esforços em inovação da gestão acadêmica e administrativa, e promover a descentralização da tomada de decisões”.  São estas as prioridades de gestão elencadas pelo professor Wanderley Messias, que vinha exercendo o cargo de superintendente de Assuntos Institucionais da USP, do qual se afastou para disputar a eleição.

Ele se propôs a melhorar o ensino da graduação por meio de “reformas curriculares que flexibilizem o currículo e aumentem a quantidade de disciplinas eletivas”, bem como de “parcerias com cursos similares das top 20 [sic] universidades do mundo”. Na linha de continuidade da gestão de J. G. Rodas, Messias anunciou que pretende consolidar o programa “USP Internacional, com seus escritórios nos quatro continentes”, além de ampliar a cooperação com universidades estrangeiras.

O professor se disse favorável à presença da Polícia Militar nos campi, por considerar que se trata de uma “demanda da maioria da comunidade Universitária”.

Messias manifestou-se contra eleições diretas de reitor(a), mas apoiou um “sistema eleitoral que propicie a ampla participação da comunidade universitária”. Ele disse considerar o sistema recém-aprovado pelo Conselho Universitário (Co) “um avanço considerável nesse sentido e [que] pode ser aperfeiçoado no futuro”.

O professor declarou-se a favor da expansão do número de vagas, desde que “com planejamento que considere as demandas qualificadas, as mudanças nos mercados de trabalho e a evolução científica e tecnológica”, bem como “os cenários da arrecadação de impostos e do nosso orçamento”. A expansão pode se dar por ampliação da oferta de vagas em “cursos semipresenciais em algumas áreas de conhecimento”.

O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e vice-reitor afastado destacou, no seu plano de gestão, seu compromisso de “apoio à expansão criteriosa de todas as atividades-fim (ensino, pesquisa, extensão)”, visando “a compatibilização da excelência acadêmica com a inclusão social”. “A ênfase na valorização da graduação, centro da Universidade, manifesta-se, inclusive, no fato de a pró-reitora de Graduação compor a nossa chapa”.

Nogueira enfatizou a busca de entendimento e da democratização, propondo o debate e a implementação da reforma da estrutura de poder. “A promoção da diversidade social no seio da Universidade, o fortalecimento de todas as áreas de conhecimento e o avanço na descentralização tornarão a Universidade mais rica e efetiva”, disse. Advertiu, contudo: para que a USP alcance estes resultados de forma segura, “é indispensável o restabelecimento do equilíbrio financeiro”, o qual por sua vez implica “implementar um planejamento rigoroso e democrático”.

Ele reiterou a preocupação com o fato de que “a Universidade está avançando rapidamente sobre suas reservas financeiras e se continuarmos nesse ritmo, iremos esgotá-las em poucos anos”. Expressou que “essa situação de insegurança pode ser revertida se forem adotados ajustes financeiros, que não prejudiquem de forma alguma a expansão nas atividades-fim da Universidade nem as conquistas salariais recentes”.

Segundo Nogueira, os dados demostram que, mesmo com o necessário ajuste financeiro, “existe espaço para um crescimento criterioso da Universidade perfeitamente compatível com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que foi construído após ser amplamente discutido a partir das manifestações das unidades”.

Quanto à reforma do Estatuto, ele reafirmou o compromisso — assumido publicamente antes de o Co pautar sua discussão para a primeira sessão de 2014 — de colocar em debate pontos que mereçam ser revistos, entre os quais apontou o forta­le­cimento das Unidades e colegiados e a eleição de seus dirigentes.

O programa de gestão das quatro chapas está disponível no site da Secretaria Geral da USP (http://goo.gl/T9Wcrd).

Informativo nº 372

EXPRESSO ADUSP


    Se preferir, receba nosso Expresso pelo canal de whatsapp clicando aqui

    Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!