A consulta paritária à comunidade da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), realizada em 7/11 para escolha da nova direção, teve como vencedora a Chapa 2, das candidatas Maria Cristina Motta de Tole­do (diretora) e Neli Aparecida de Mello-Théry (vice-diretora). No total, votaram 186 docen­tes, 181 funcionários e 1.000 estudantes. A Chapa 2 ganhou nas duas primeiras categorias, recebendo 157 votos de funcionários e 87 de docentes, além de 131 de alunos.

A Chapa 3, de Luiz Silveira Menna Barreto (diretor) e Mario Pedrazzoli Neto (vice-diretor), foi a mais votada entre os estudantes, levando 569 votos da categoria, recebendo ainda 46 de docentes e 9 de funcionários. A Chapa 1, dos professores associados Flávia Mori Sarti (diretora) e Roberto Pereira Ortiz (vice-diretor), recebeu 51 votos dos docentes, 11 de funcionários e 292 de estudantes. Na ponderação de votos das três categorias, a Chapa 2 obteve 34,58%; a Chapa 3, 11,12%; a Chapa 1, 9,87%. Houve 0,27% de votos em branco, 0,63% de nulos e abstenção de 43,54%.

A consulta democrática na EACH foi uma conquista da greve na unidade. Na reunião da Congregação prevista para 19/11, espera-se que o resultado da consulta seja confirmado na lista tríplice a ser encaminhada à Reitoria. Em 14/10, o reitor assumiu o compromisso de nomear e dar posse a quem recebesse a maior votação.

Os funcionários, que votaram massivamente na Chapa 2, dizem-se contemplados com a consulta: “Agora só estamos esperando para ver se a Congregação vai referendar esse resul­ta­do”, diz Ernandes Pereira Silva.

Avaliação bem diferente faz a estudante Júlia Mafra: “Maria Cristina carrega muito dos princípios da Reitoria e da antiga gestão do Boueri”, ressalva. “Mas mesmo sem o resultado que queríamos, a consulta foi muito importante e representou um processo democrático para a escolha da nova direção”. Os estudantes votaram em massa na Chapa 3 por considerar o professor Menna “a representação do movimento” entre os candidatos.

“Quem votou nos outros candidatos [que não a Chapa 2] não gostou muito do resultado, mas está com disposição de colaborar com a nova gestão e com o desenvolvimento da EACH”, diz a professora Elizabete F. Cruz.

Maria Cristina nega ser próxima da Reitoria ou da direção da EACH. Decisões da gestão de Boueri teriam dificultado o trabalho dela como presidente da Comissão de Graduação (2005-2010). Ela se diz satisfeita com o resultado da consulta: “Isso nos dá enorme responsabilidade já que a EACH está em crise e precisa de uma diretoria que a recupere em vários sentidos, e é isso que pretendemos fazer”.

Informativo nº 373

EXPRESSO ADUSP


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