A Superintendência do Espaço Físico (SEF-USP) insiste que os casos conhecidos de explosões provocadas por metano resumem-se aos ocorridos em minas de carvão. Não haveria casos de explosão na superfície, em prédios, ou seja, em condições similares às existentes no campus da EACH.

Trata-se de tentativa de convencer a comunidade da EACH de que ali não há risco real. No entanto, rápida pesquisa na Internet revela a ocorrência de episódios de explosão relacionados à presença desse gás em áreas urbanas, prédios e equipamentos. Selecionamos alguns casos:

Niterói

Em 2010, no “lixão”  do Morro do Bumba, sobre o qual havia uma favela, uma explosão causou a morte de 48 pessoas. Vide reporta­gem da TV Bandeirantes.

Los Angeles. Bem ilustrativa foi a explosão de uma loja de departamentos de Los Angeles (Estados Unidos), construída sobre solo de aluvião, que foi pelos ares em 1985, provocando ferimentos e a hospitalização de 23 pessoas.

Cidade do México

A sede da petrolífera Pemex, na Cidade do México, explodiu em 2013. “Acreditamos fortemente que foi metano, não outro combustível”, disse Brian Dunagen, vice-presidente da empresa suíça SGS. Este perito independente explicou que o metano “é um gás muito leve, inodoro, que, se alcançar concentrações superiores a 5-10 %, pode produzir explosões facilmente com qualquer faísca”. Aparentemente foi o que aconteceu no edifício B2 da Pemex, de 12 andares, construído em 1968, no qual trabalhavam 1.800 pessoas. “As explosões de gás metano são muito comuns. Ocorrem em minas, na drenagem e especialmente em edifícios onde o gás se acumula. Esta parece que foi acidental e ainda estamos tentando determinar como foi que o gás entrou no edifício e se acumulou”, declarou Dunagen, segundo a Exame.

Outros

Em abril de 2013, uma estação de tratamento de água em Dexter (Estados Unidos) explodiu, causando a morte de uma pessoa e ferimentos em outra. Em janeiro de 2014 ocorreu o mesmo em uma estação de tratamento de água em Pickering (Canadá), mas sem vítimas. Em ambos os casos, o acúmulo de meta­no foi apontado como causa.

Informativo nº 377

EXPRESSO ADUSP


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