Cruesp convoca reunião com Fórum das Seis para esta quinta-feira 3/7. A greve continua!

Mensagem da Pró-Reitoria de Pesquisa com recomendação de leitura causa nova onda de indignação entre docentes

A sessão da Assembleia Geral Permanente da Adusp realizada em 2/7, no Auditório da Faculdade de Educação lotado pelos docentes, decidiu pela continuidade da greve iniciada em 27/5. Diversos fatores de avaliação conduziram a esta deliberação: a decisão do Conselho de Reitores (Cruesp) de, finalmente, convocar reunião com o Fórum das Seis para esta quinta-feira, 3/7, às 16 horas — notícia que chegou aos docentes no decorrer da assembleia; a crescente indignação da categoria com os desmandos da Reitoria, como as declarações do reitor à revista Veja e a mensagem da Pró-Reitoria de Pesquisa com sugestão de leitura de entrevista na qual o cientista político Simon Schwartzman ataca a universidade pública (vide moção de repúdio); a aprovação, por diversas congregações (inclusive a da Esalq, por 47 votos a 3), de moções de solicitação à Reitoria de abertura das negociações salariais; as decisões dos funcionários técnico-administrativos da USP e dos docentes da Unicamp de continuarem em greve.

Avaliou-se também que há um certo isolamento do reitor Marco Antonio Zago, que existem divergências entre ele e seus pró-reitores, e que há notório dissenso no interior do Cruesp, claramente verbalizado pelo reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, mas visível também na diferença de comportamento entre a reitora em exercício da Unesp, Marilza Rudge, e seu colega da USP. Na assembleia, o professor César Minto, coordenador do Fórum das Seis, relatou a reunião realizada na véspera, durante ato público do movimento, entre Marilza e uma delegação das categorias. Ele informou que, além do trato gentil, a presidente do Cruesp anunciou que convocaria um encontro dos reitores e, em seguida, uma reunião destes com o Fórum das Seis.

O professor Ciro Correia, presidente da Adusp, relatou à assembleia informações recebidas sobre uma reunião realizada na véspera entre Zago, que a convocou, e um grupo de diretores de unidades. Nesta ocasião, o reitor questionou os diretores acerca das moções que têm sido aprovadas nas congregações com a finalidade de solicitar abertura de negociações. Para ele, essas moções revelariam a não compreensão, pelas unidades, de que não haveria alternativas para as razões da Reitoria que justificariam o zero% na data-base. A assembleia interpretou a conversa como tentativa de Zago de dar um “puxão de orelhas” nos diretores.

A diretoria da Adusp levou à assembleia duas propostas: uma de continuidade da greve; a outra remeteria às assembleias setoriais um indicativo de discussão de suspensão da greve e dos encaminhamentos quanto ao encerramento do semestre letivo. Após o debate, contudo, as posições foram unificadas. A continuidade da greve recebeu ampla votação, com apenas quatro abstenções.

Zago recebe apoiadores de campanha

Além dos representantes de diversas unidades da capital, bem como da Esalq (Piracicaba), de Bauru e de Ribeirão Preto, deram informes na assembleia a professora Lisete Arelaro, sobre reunião realizada na mesma data entre Zago e seus apoiadores de campanha; o professor Marcos Magalhães, sobre conversas com membros da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP); Magno Carvalho, diretor do Sintusp, e Marcela Carboni, do DCE-Livre da USP.

Lisete relatou que a reunião foi solicitada por um grupo de docentes que, em 2013, fez campanha pela eleição da chapa Zago-Vahan. O reitor abriu a conversa comunicando a realização da reunião entre Cruesp e Fórum das Seis. Ele foi duramente questionado, porém, por sua intransigência até aquele momento, bem como por suas declarações à imprensa, ataque ao RDIDP etc. A professora, ex-diretora da Faculdade de Educação, disse a Zago que ele “deve desculpas” ao corpo docente pelas declarações que fez à revista Veja.

O professor Magalhães relatou que, conforme aprovado pela sessão anterior da assembleia, um grupo de professores entrou em contato com membros da COP: “Eles resolveram consultar o reitor sobre se deveriam aceitar nosso convite para debater o Orçamento, e conseguiram marcar uma reunião com ele para 8/7”. De qualquer modo, avalia o professor, “ficou a impressão de que são favoráveis ao debate”.

Tanto Magno como a representante do DCE-Livre fizeram apelos à assembleia da Adusp em favor da continuidade da greve, levando em conta a necessidade de unidade do movimento.

 

Agendada reunião com o Cruesp

Mensagem da Presidência do Cruesp marca reunião entre Cruesp e F6 na quinta-feira, 3/7, das 16 às 18h, na sede do Cruesp.

 

 

EXPRESSO ADUSP


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