Campanha Salarial 2014
Os 100 dias da greve são comemorados às portas do Cruesp, em nova reunião de negociação
05/09/2014 14h59
![Os 100 dias da greve são comemorados às portas do Cruesp, em nova reunião de negociação](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2014/09/cruesp1.jpg)
Fotos: Daniel Garcia
![](https://www.adusp.org.br/wp-content/uploads/2014/09/cruesp1.jpg)
Após meses sem uma reunião de negociação entre o Cruesp e o Fórum das Seis sobre o reajuste salarial, no 98º dia de greve ela ocorreu na sede do Cruesp, na Rua Itapeva. Para pressionar os reitores, um ato de professores, funcionários e estudantes das três universidades estaduais paulistas se concentrou no vão do Masp a partir das 13h e às 15h rumou para o local da reunião, marcada para às 16h. Cantava-se: "100 dias sem salário, 100 dias sem dinheiro, 100 dias sem sossego, 100 dias sem arrego! Fora Zago!".
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"Não era necessário ficar cem dias em greve para que uma reunião, que se espera de negociação, de fato ocorra", lembrou César Minto, coordenador do Fórum das Seis e diretor da Adusp, fazendo uma retrospectiva das reuniões passadas. Isso é o que nós esperamos hoje e vamos cobrar o descaso de só marcar uma reunião efetiva de negociação em 3/9 e um cronograma para que toda a nossa pauta unificada seja discutida e negociada".
Projeto de desmanche
A aprovação do Plano de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV) no Co de 2/9 e a desvinculação do Hospital de Anomalias Craniofaciais de Bauru (HRAC ou "Centrinho") em 26/8 também foram denunciados pelos presentes, que vêem no pacote de medidas da Reitoria um projeto de desmanche da Universidade pública. "Para poder avançar nesse processo de privatização da Universidade, a Reitoria e o Governo estão atacando aqueles que são seus únicos opositores, que são os estudantes, trabalhadores e professores em luta", afirmou Marcelo Pablito, do Sintusp.
A estudante Vanessa Couto, do DCE-Livre da USP, lembrou das pautas estudantis: "Não podemos esquecer do ataque do Reitor ao caráter público da nossa Universidade. Nós temos que defender a permanência estudantil, o acesso, as cotas: essas coisas vão mudar o caráter da Universidade, mas não elitizando e privatizando ainda mais. Precisamos defender que a Universidade seja cada vez mais pública".
"Queremos ver nossa pauta toda negociada! Tem permanência estudantil, tem a questão dos funcionários, tem a questão de sermos contra a expansão irresponsável das Universidades sem recurso desse governo", afirmou o professor Milton Vieira do Prado Jr., da Adunesp. "A Unesp sofreu a maior expansão e não teve recurso definitivo para o seu financiamento. Essa é a denúncia que tem de ser feita e agora não adianta falar que são os trabalhadores e seus salários que levam ao comprometimento das Universidades!".
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