Caso Gabriel
GT em Direitos Humanos da Adusp expõe caso de Gabriel Scarcelli à Congregação do IP
Foi agendada para 23/11 uma explanação do Grupo de Trabalho em Direitos Humanos da Adusp (GT-DH) à Congregação do Instituto de Psicologia (IP) sobre o caso de Gabriel Scarcelli Barbosa, preso no Centro de Detenção Provisória IV de Pinheiros (CDP IV) desde 21/6 deste ano, em razão de prisão preventiva decretada pela 16ª Vara Criminal.
Filho da professora Ianni Scarcelli, do IP, Gabriel é acusado de participar de uma quadrilha de roubo de carros e foi preso na Pizzaria “1900” da Vila Mariana, em São Paulo, onde trabalhava havia seis anos, pelo delegado Kleber Massayoshi Isshiki, da Polícia Federal (PF).
A reunião aberta da Congregação do IP será realizada no Auditório Aurora Furtado (Sala 20, bloco B), das 14 às 15 horas. Em 24/8, a Congregação expressou repúdio às perseguições sofridas por Gabriel e denunciou a “sanha punitiva” do delegado da PF.
Competência
Vítima de assalto à mão armada em 2013, Kleber passou a investigar roubos de carros supostamente relacionados com esse caso, embora esse tipo de crime não seja competência da Polícia Federal. Pesquisou no Facebook e levantou fotografias de amigos de um dos acusados do crime. Desse modo, o delegado da PF identificou diversos jovens do mesmo bairro como suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo de carros, chegando assim aos nomes de Gabriel Scarcelli, Magno Nascimento e outros. Gabriel foi reconhecido pelas vítimas em dois casos e passou a responder a três processos-crime por roubo. Magno tornou-se réu em dez processos, em alguns dos quais já foi absolvido.
Ianni aponta a irregularidade na forma como Gabriel e Magno foram reconhecidos, pois “as fotos apresentadas às vítimas, cerca de sete meses após o ocorrido, serviram para corroborar os reconhecimentos pessoais, feitos quase dois anos depois dos fatos”.
Gabriel obteve um habeas corpus em 20/7, no Tribunal de Justiça (TJ-SP). No entanto, foi mantido no CDP, pois Kleber — continuando a atuar de modo ilegal no caso, uma vez que a Justiça Federal já determinara a remessa dos autos para a Justiça Estadual — pediu e conseguiu nova ordem de prisão preventiva contra ele, expedida pela juíza da 16ª Vara Criminal. Novos pedidos de habeas corpus foram impetrados em favor de Gabriel, porém rejeitados.
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