No debate entre reitoráveis, alunos da FM exigem contratações já no HU e gritam “Fora, Vahan”
Público manifestou-se diversas vezes durante a audiência

Foto: Daniel Garcia

Numeroso grupo de alunos da Faculdade de Medicina (FM), liderados pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC), compareceu ao debate oficial entre os reitoráveis realizado na manhã desta quinta-feira, 19/10, para exigir contratações imediatas e a reversão do processo de desmonte do Hospital Universitário (HU). Houve grande pressão sobre o candidato do situacionismo, vice-reitor afastado Vahan Agopyan, que precisou improvisar explicações sobre o hospital ao comentar o tema a pedido da mesa, recebeu vaias, e no encerramento teve de ouvir o coro “Fora, Vahan!”.

fotos: Daniel Garcia

Ao final do debate, que lotou o auditório 5 da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), os reitoráveis continuaram sentados nos seus lugares à mesa do auditório quando a jornalista Renata Cafardo, que coordenou a atividade, aceitou que a presidenta do CAOC, Malu Corullon, subisse ao palco para se pronunciar. Neste momento, um grande contingente de alunos da FM e outras pessoas que assistiam ao debate haviam se aglomerado do lado esquerdo do palco.

“O HU está sendo absolutamente desmontado”, disse ao microfone a estudante, que fez questão de rebater declarações feitas pouco antes por Vahan. “O ensino não está sendo mantido. Não foi só o atendimento à população, até o ensino foi prejudicado”, denunciou, esclarecendo que há um déficit de 10 médicos no Pronto Atendimento da Pediatria e que agora, com a demissão de mais uma médica assistente, a escala de plantões “não fecha”, afetando os estágios dos alunos da FM.

Malu relatou que a decisão de paralisar aulas e comparecer ao debate foi tomada em 18/10 por uma assembleia geral do CAOC da qual participaram “quase 450 alunos”, a qual decidiu exigir da Reitoria a contratação de oito assistentes para a Pediatria, a realizar-se até 30/10. “Os médicos do HU são professores”, afirmou Malu, sendo muito aplaudida. “Que o HU continue público, com qualidade de ensino e atenção à saúde”, concluiu. 

EXPRESSO ADUSP


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