Nos dias 29 e 30/9, a Adusp realizou eleições complementares para seu Conselho de Representantes (CR). Candidataram-se e elegeram-se representantes de três unidades: Instituto de Ciências Biomédicas (Sílvia de Campos Boldrini), Instituto de Física (Lighia Matsushigue e Ruy Pepe da Silva) e Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (Gustavo Assed Ferreira).

Na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, onde se inscreveu a professora Nádia Araci Bon Chacra, as eleições ainda não ocorreram, por questões internas à unidade, mas foram marcadas para esta semana.

Os representantes eleitos terão mandato até maio de 2012. Damos as boas vindas aos novos conselheiros, que tomam posse na próxima reunião do CR, no dia 5/10.

“Democracia”

A professora Sílvia Boldrini, nova representante do ICB no CR da Adusp, trabalhou inicialmente como professora substituta na unidade, entre 1999 e 2001, e posteriormente tornou-se uma docente com contrato precário. É ela quem explica: “Em 2003 fui aprovada em processo seletivo para atuar em regime de RTP (12 horas) e, desde 2006 em RDIDP, permaneci contratada precariamente, tendo sido provida no cargo em junho do presente ano”.

Sílvia recebeu apoio da Adusp para lutar contra sua permanência em contrato precário. Sua expectativa como conselheira é prosseguir no “aprendizado da isenta representação de classe praticada pela Adusp”.

De acordo com a professora do ICB, “a maior parte dos nossos colegas não tem a clareza necessária para a tomada de atitudes em situações adversas dentro da Universidade, cuja política e funcionamento são pouco acessíveis”. Nesse contexto, diz, “espero representar eficientemente e exercitar a democracia, o que não é regra no ambiente universitário”.

“Linha de frente”

Gustavo Assed é o primeiro representante da FDRP no CR (a unidade foi criada em 2007). “Participar do CR significa atuar na linha de frente da luta por melhores condições de trabalho na USP. O representante tem a função de catalizar as aspirações e as inquietudes dos docentes em sua unidade, utilizando este diagnóstico para orientar a sua atuação”, declara o professor.

“Tenho a convicção que o CR é um organismo de defesa do docente na entidade, que sempre trabalhará em prol da democracia, da liberdade e do ensino público”, afirma Gustavo, que ingressou na USP há oito anos. “Eu me preocuparei, sobretudo, em defender a luta contra o produtivismo e a progressão horizontal da carreira, pois considero que a reforma introduzida na gestão anterior provocará danos consideráveis aos níveis de qualidade da pesquisa científica na USP”.

Ele pretende trabalhar pela valorização da carreira docente, “por meio de nossas campanhas salariais e pela democratização do processo eleitoral na instituição”. Gustavo é favorável à realização de uma campanha “para que a USP realize concursos para preencher seus quadros no nível MS-2 da carreira docente”. No seu entender, “há ótimos profissionais graduados e mestres no mercado de trabalho, sendo massacrados pela instituições de ensino superior privadas, sem qualquer chance de desenvolver uma carreira docente efetiva”, e que poderiam “compor com brilhantismo” o quadro docente da USP.

 

Informativo nº 314

EXPRESSO ADUSP


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