Eleições Adusp
Na eleição desta semana, docentes poderão eleger terceira mulher a presidir a Adusp desde sua criação em 1976
Como apenas uma chapa se apresentou para candidatar-se à gestão 2021-2023, a Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) deverá eleger, na eleição da Diretoria que transcorre entre terça-feira e quinta-feira (dias 25, 26 e 27/5), a terceira mulher a presidir o sindicato desde que foi criado em 1976.
A candidata a presidenta da Adusp pela chapa “Em defesa da universidade pública, dos direitos sociais e em luta pela democracia” é a professora Michele Schultz Ramos, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e atual vice-presidenta do sindicato. Antes dela a Adusp teve como presidentas as professoras Judith Kardos Klotzel, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), na gestão 1985-1987, e Heloísa Daruiz Borsari, do Instituto de Matemática e Estatística (IME), na gestão 2011-2013.
Assim, em vinte e duas gestões (descontando-se duas diretorias provisórias) ao longo de quarenta e cinco anos de existência da entidade, docentes homens exerceram a presidência em dezenove (86%). Caso se confirme a muito provável eleição da professora Michele, o período iniciado em 2011 mostrará um maior equilíbrio, com duas gestões presididas por docentes mulheres e três gestões presididas por docentes homens.
Outra novidade da gestão — caso vitoriosa a única chapa concorrente, como se espera — é que ela contará com uma diretora regional no câmpus de Lorena. A Escola de Engenharia de Lorena (EEL) é a unidade resultante da incorporação pela USP — aprovada em 2004 mas só concretizada em 2006 — da antiga Faculdade de Engenharia Química de Lorena (Faenquil), instituição estadual isolada. Desde o surgimento da EEL, é a primeira vez que a unidade terá um(a) docente a participar da direção da Adusp. No caso, a professora Gabrielle Weber Martins.
Outro destaque é que as mulheres serão maioria na nova direção. São quatro entre os sete nomes da executiva — presidenta, vice-presidenta, 1ª secretária e 2ª tesoureira — e responderão por três das seis diretorias regionais: além de Lorena, Ribeirão Preto e Pirassununga.
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