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Uma vez mais, Reitoria protela solução para sede
Por solicitação da Adusp, realizou-se reunião com a Reitoria em 2/4, para dar prosseguimento à negociação da nova sede da entidade. A administração esteve representada pelo reitor, João Grandino Rodas, pelo chefe de gabinete, Alberto Carlos Amadio, e pelo superintendente de relações institucionais, Wanderley Messias da Costa. Representaram a Adusp os diretores Heloisa Borsari e Marcelo Freire e o coordenador do GT-Jurídico, Ciro Correia.
No início, o reitor perguntou-nos sobre o tema da reunião, e respondemos que nosso objetivo era concluir a negociação da mudança da sede da Adusp, com a assinatura do Termo de Permissão de Uso, pelas partes. O reitor alegou dificuldades para assiná-lo, face às críticas que vem sofrendo da entidade e de professores a ela ligados, sobre possíveis irregularidades quanto ao modo como a administração tem encaminhado questões relativas a imóveis, entre outras e que, neste clima, firmar um termo desse teor não seria bom para as partes. Ressalvou não tratar-se de desafronta e cogitou de outras formas de legitimação da cessão de espaço para a Adusp.
Argumentamos que firmar o Termo não só era possível como necessário e que, decorridos oito meses de conversações, não era razoável cogitar de outros mecanismos para a cessão de espaço. Lembramos que, em reunião em 7/12/11, o procurador-geral da USP, Gustavo Monaco, admitira finalmente a inexistência de objeções legais ao Termo; que na reunião de 22/12/11 havíamos chegado a um acordo em relação ao espaço proposto pela Reitoria como sede definitiva. Após todo esse processo, não víamos motivo para reiniciar a discussão. Veja toda a cronologia da negociação no endereço http://migre.me/8yMGL.
O reitor afirmou não ter tido alternativa a não ser ingressar com a interpelação judicial contra os diretores da entidade, em função do editorial do jornal O Estado de S. Paulo de 25/2/12 e que não via condições de avançar na negociação sobre a nova sede, sem resolver, ao mesmo tempo, a questão da interpelação. Sugeriu então que a Adusp se manifestasse publicamente, esclarecendo as declarações imputadas a seus diretores pelo jornal.
Contestamos suas afirmações, lembrando que ele poderia ter entrado em contato com a diretoria para esclarecer o ocorrido, ao invés de judicializar a questão; dissemos que era inaceitável postergar a decisão sobre a nova sede, considerando o avanço da reforma no prédio da Antiga Reitoria e as responsabilidades já assumidas pelas partes durante o processo de negociação. O professor Wanderley ponderou que seria melhor tratar as duas questões conjuntamente para distensionar a relação entre Reitoria e Adusp e, assim, dar encaminhamento a todas as questões pendentes.
Rodas sugeriu então que Adusp e Reitoria fizessem uma declaração conjunta na qual contextualizaríamos as críticas a nós atribuídas e a Reitoria esclareceria que a iniciativa de interpelação judicial não foi a melhor resposta ao editorial.
Após discussão, comprometemo-nos a discutir a proposta com a diretoria da entidade, mas insistimos em que a reitoria retire a interpelação antes de uma eventual declaração conjunta, o que foi rejeitado veementemente pelo reitor. Na sequência, Rodas retirou-se em função de outro compromisso e a reunião foi encerrada pelos professores Amadio e Wanderley.
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