Andes-SN
GT Etnia, Gênero e Classe do Andes-SN realizou encontro nacional em Salvador
Nos dias 28 e 29 de maio ocorreu em Salvador, no Centro de Estudos Afro-Orientais, o Encontro Nacional do Grupo de Trabalho Etnia, Gênero e Classe “Cem anos da Revolta da Chibata”, do Andes-Sindicato Nacional. No primeiro dia, foram convidados alguns conferencistas, como o professor Antonio Cardoso (UFBA), que traçou um largo panorama da exploração do trabalho e das lutas dos grupos minoritários, ressaltando a necessidade de aliar tais lutas ao conjunto maior da luta de classes.
Também falou Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia, que falou da importância de os homossexuais assumirem publicamente sua sexualidade, numa ação de afirmação identitária, observando ainda a importância da interface do movimento LGBTT com o movimento negro, de mulheres e com o movimento sindical. Outra convidada foi Wellingta Macedo, representante do movimento Mulheres em Luta, da Conlutas, que defendeu o afastamento das mulheres do trabalho por seis meses após o parto e a construção de creches para os filhos de mulheres operárias, bem como outras demandas.
Hertz Dias, militante do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano, do Maranhão, observou o avanço da Conlutas em integrar o debate racial e de gênero e falou sobre a escravidão, sobre a falácia da democracia racial e sobre como o governo Lula soube colocar a seu favor as demandas das minorias. Jean Filipe Montezuma, representante da ANEL, criticou os programas Prouni e Reuni e defendeu uma efetiva política de permanência para os estudantes cotistas na universidade.
Haiti
No segundo dia, Cecília de Paula (UFBA) e Cláudia Alves Durans (UFMA) passaram um filme sobre a visita que fizeram ao Haiti e falaram da luta daquele país pela emancipação social e econômica. Em seguida, foi feito um balanço positivo da presente gestão do GT, presidido por Cláudia, tendo em vista que, entre outras conquistas, colocou finalmente na pauta do Andes-SN a questão das cotas.
Também foram aprovadas diretrizes para servirem de sugestão à nova coordenação, tais como: a elaboração de um banco de dados sobre as universidades que adotaram cotas (que contemple os métodos empregados por cada uma, o perfil do estudante beneficiado, os balanços já realizados e outros aspectos), uma pequena cartilha que elenque os argumentos pró e contra cotas e a idéia de se fazer o próximo encontro do GT em São Paulo.
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