Carreira docente
Valorização dos níveis iniciais da carreira; Previdência; “nova carreira”…
Mais um semestre se inicia e retomamos nossa rotina de trabalho, que tem sido pesada. Mas esperamos que o mês de julho tenha permitido “recarregar as baterias”, pois já é hora de pensarmos as questões e desafios com os quais precisaremos nos ocupar ao longo do próximo período.
No final do semestre passado, encaminhamos solicitação de agendamento de reunião entre o Cruesp e a Adusp, Adunesp e Adunicamp para tratar de proposta de valorização salarial dos níveis iniciais da carreira docente. Em 8/7, recebemos um telefonema da Reitoria da Unesp, solicitando que enviássemos uma proposta numérica para avaliação e posterior agendamento de reunião, o que foi feito no dia 12/7.
Na última semana de julho, fomos informados de que o reitor da Unesp, presidente do Cruesp, havia encaminhado aos demais reitores alternativas de data para a realização de reunião com as Associações Docentes, mas que nenhuma delas era viável para o reitor da USP. Insistimos, então, com o chefe de gabinete da Reitoria, professor Amadio, para que o professor Rodas indicasse datas para a realização da reunião. A esta altura, esperamos que o reitor já tenha tomado essa iniciativa e que, em breve, possamos nos reunir para tratar desse tema, que integra a pauta específica de data-base dos docentes das três universidades.
Afinal, não nos faltam motivos para querer discutir o tema, senão vejamos: o salário inicial de professor doutor em RDIDP (R$ 8.211,02) não é suficientemente atrativo para que as universidades possam contar com os melhores quadros; além disso, por exemplo, a recente reforma da carreira dos funcionários técnico-administrativos na USP, entre outras alterações, elevou os pisos salariais dos diferentes níveis (básico, médio e superior), sem dúvida uma correção importante. Mas o atual salário de auxiliar de ensino em RDIDP (R$ 3.968,44) é inferior ao piso do técnico de nível superior (R$ 5.691,08).
A alegação de que a recente aprovação dos critérios de progressão para os níveis horizontais que integram a nova carreira resolveria a questão não procede. O fato de os docentes poderem obter ganhos salariais ao progredirem na carreira não elimina, nem compensa, o fato de que o piso salarial praticado não é compatível com a qualificação exigida para o exercício da função.
Assim, é ou não hora de sentarmos para negociar uma valorização dos níveis iniciais da carreira?
Mais tarefas!
Vale lembrar também que, no Informativo Adusp 329, a diretoria da Adusp manifestou-se acerca do processo de discussão e votação, no Conselho Universitário da USP, dos critérios de progressão na nova carreira, bem como sobre os procedimentos utilizados para a obtenção do quórum de 2/3, necessário para sua aprovação. Cabe agora à nossa Assembleia (que será realizada até o final deste mês) e ao Conselho de Representantes (que se reunirá em 19/8, em Ribeirão Preto) manifestarem-se sobre os últimos acontecimentos e seus desdobramentos.
Ademais, teremos ainda que nos ocupar com uma provável mudança da sede da Adusp, em função da reforma do prédio da antiga Reitoria: em audiência com parte da diretoria da Adusp no último dia 26/7, o reitor deixou claro que, durante a referida reforma, não poderemos permanecer no espaço que ocupamos há mais de duas décadas. E a Reitoria parece interessada em formalizar o processo de cessão de espaço para a Adusp.
Reafirmamos, durante a reunião, a necessidade de um espaço adequado para o funcionamento da sede da Adusp e de um prazo suficiente para realizarmos a mudança, se de fato necessária.
Como vêem, muitas tarefas nos aguardam…
Isso tudo sem falar na questão da Previdência, cujo debate devemos retomar brevemente; nas eleições complementares para o Conselho de Representantes, que ocorrerão em setembro; e na comemoração dos 35 anos da Adusp, pois comemorar também é preciso.
Será necessário reafirmar que desejamos contar com a participação de todos os colegas nessa empreitada?
Bom semestre a todos!
Informativo n° 330
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