Há seis anos, em 2018, o Informativo Adusp Online noticiava assim um dos crimes mais brutais da história recente do país: “Foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro, na noite de 14/3, a vereadora Marielle Franco (PSOL). Ativista das causas das mulheres, dos negros e dos direitos humanos, Marielle tinha 38 anos e foi a quinta parlamentar mais votada na eleições de 2016. Ela voltava de uma roda de conversa com jovens negras quando seu carro foi atacado por ocupantes de outro veículo, no bairro do Estácio, na região central carioca. Os assassinos dispararam nove vezes. A vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, tiveram morte instantânea”.

Ilustração: Clovis LimaFoi preciso um ano inteiro para que a Polícia Civil identificasse e prendesse os autores materiais do crime: o policial militar reformado Ronnie Lessa (envolvido em outros homicídios) e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, ambos denunciados pelos crimes de homicídio qualificado de Marielle e Anderson e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora, que sobreviveu ao ataque. Lessa foi o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Elcio dirigiu o carro usado no atentado.

No atual governo as investigações passaram à esfera da Polícia Federal (PF). Decorridos seis anos, as investigações policiais quanto à autoria intelectual do crime avançaram, mas ainda não são conclusivas. A informação de que Ronnie Lessa, em acordo de delação premiada, teria apontado como autor do crime Domingos Brazão, ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), não foi confirmada ainda pela PF. O acordo ainda não foi homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Mais um 14 de março, são 6 anos, são 71 meses desde que nos tiraram Marielle Franco. Foram os seis anos mais difíceis de nossas vidas”, diz publicação do Instituto Marielle Franco, mantido por familiares da vereadora assassinada. “Não queremos mais demora: estamos próximos de ter a possibilidade de honrar a memória da Mari e do Anderson, através de um grande júri popular. A sociedade brasileira tem a oportunidade de mostrar para o mundo todo que repudia esse crime bárbaro e qualquer forma de violência política de gênero e raça”.

EXPRESSO ADUSP


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