Assembléia mantém a greve por unanimidade

Assembléia de 25/5, após examinar propostas dos reitores e outras informações, decidiu manter a greve. Acima, jornalistas entrevistam o presidente da Adusp

"Manter a greve; continuar negociando com o Cruesp para conquistar a parcela fixa e demais reivindicações; continuar lutando pela retirada dos decretos de Serra que ferem a autonomia universitária e pela retirada do PLC 30 (SPPrev): assim decidiu a assembléia geral da Adusp de 25/5, aprovando a orientação do Fórum das Seis.

As deliberações foram tomadas após a exposição de informes das reuniões setoriais da Psicologia, Fofito, ICB, Física, Educação, Biociências, EACH, ECA e FAU.

A assembléia deliberou que o próximo passo, no tocante a SPPrev, seria acompanhar a sessão plenária de votação do PLC 30, prevista para a tarde de segunda-feira, 28/5. As alterações realizadas na última versão do projeto são de pequena monta e não atendem às principais reivindicações do funcionalismo público.

Quanto à defesa da autonomia e à luta por mais verbas para a Educação em todos os níveis, a assembléia definiu 31/5 como “Dia Estadual de Luta em Defesa do Sistema Público de Ensino e Pesquisa no Estado de São Paulo”, e aprovou com esta finalidade a realização, na mesma data, de um ato público diante do Palácio dos Bandeirantes, para o qual será convidada a Apeoesp, estendendo-se o convite aos pais de alunos.

Por outro lado, o apoio às reivindicações estudantis e a determinação de rejeitar a “agenda da Polícia Militar” no tocante à ocupação da Reitoria foram ratificados por meio de uma moção dirigida à reitora Suely Vilela, na qual se pede “que sejam reabertas as negociações já empreendidas com os estudantes, e que sejam acionados os mecanismos jurídicos pertinentes para que a ação da reintegração de posse não seja executada” (vide quadro).

Foi remetida para a próxima Assembléia a continuidade da discussão sobre construção de uma Estatuinte.

Espaço na mídia

Diversos participantes da assembléia questionaram o largo espaço que alguns meios de comunicação têm concedido a setores críticos da greve dos docentes e da ocupação da Reitoria, sem que idêntico espaço seja concedido aos movimentos. A assembléia aprovou recomendação no sentido de que emissoras e jornais sejam procurados para que a cobertura dos fatos seja equilibrada.

Matéria publicada no Informativo nº 238