Pelo segundo ano seguido, todos os docentes e funcionários da Universidade de São Paulo receberão o chamado Prêmio de Excelência, esse ano 50% maior do que em 2008: R$ 1.500, divididos em duas parcelas, uma a ser paga em outubro de 2009 e a segunda prevista para o primeiro semestre de 2010.

A decisão da Reitoria demonstra que, ao contrário do que foi amplamente divulgado por ocasião das negociações salariais, há recursos disponíveis em caixa. A questão que se coloca, portanto, é a do deslocamento do eixo da discussão do que é relevante para a tão proclamada excelência da USP: condições dignas para o ensino, a pesquisa e a extensão, para as quais os salários são parte constitutiva.

Cabe aqui uma ponderação: a administração central concede um prêmio e nega um aumento de salário para todos, inclusive os aposentados e os recém-contratados. O que a leva a fazer isso, se não a intenção de domesticar e neutralizar as reivindicações e as lutas para avanços concretos e permanentes?

 

Matéria publicada no Informativo nº 295

EXPRESSO ADUSP


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