1. “Fórum pede ao Cruesp que marque primeira rodada de negociações na semana de 19/4”

  2. “Assembleia aprova Pauta Unificada de data-base”

  3. “Data-base: diálogo é imprescindível”

  4. “Aguardamos negociação!”

Essas foram as manchetes de capa dos quatro números do Informativo Adusp deste ano, referentes à construção da data-base de 2010. Elas refletem o encaminhamento que o Fórum das Seis havia estabelecido em janeiro. Em seguida apresentamos breves explicações da motivação de cada uma delas:

  1. A semana de 19 a 23/4 foi escolhida porque dados econômicos relevantes para a negociação salarial já estariam disponíveis. No dia 12/2 o Fórum encaminhou ofício ao então presidente do Cruesp, reitor João Grandino Rodas, solicitando que a primeira reunião fosse marcada nessa semana.
  2. Rodada de assembleias das entidades representativas de docentes e funcionários técnico-administrativos das três universidades estaduais e do Centro Paula Souza, bem como dos estudantes da Unicamp e da USP, foram realizadas ao longo do mês de março com a finalidade de elaborar a Pauta Unificada de reivindicação dos três setores.
  3. O Fórum reiterou diversas vezes ao Cruesp a necessidade do estabelecimento do diálogo entre as partes, ainda no mês de abril, para permitir que o reajuste de data-base negociado já fosse incorporado nos holerites do mês de maio. No dia 10/3 novo ofício reafirmando a solicitação acima foi encaminhado ao novo presidente do Cruesp, reitor Fernando Ferreira Costa, da Unicamp.
  4. Por ocasião da entrega da Pauta ao Cruesp, no dia 30/3, o Fórum foi informado de que os reitores teriam a intenção de iniciar o processo de negociação só no início de maio! Desde então, as entidades passaram a aguardar o estabelecimento da data da primeira reunião de negociação, ainda mantendo a expectativa de que fosse num dos dias da semana de 19 a 23/4.

Repúdio

Já comentamos em edições anteriores do Informativo Adusp a complexidade da presente campanha salarial face, principalmente, as iniciativas do reitor da USP e do Cruesp. O primeiro estendeu de modo unilateral aos docentes o auxílio-alimentação, argumentando tratamento isonômico com os funcionários, e o segundo concedeu um reajuste salarial de 6% aos docentes, denominado “reestruturação de carreira”, quebrando o tratamento isonômico dos salários entre docentes e funcionários. Conhecemos a extrema indignação com que essas medidas foram recebidas pelos funcionários da USP, Unesp e da Unicamp.

Cabe destacar que no dia 30/3 a Adusp teve um encontro com o reitor Rodas, quando entregou cópia da pauta de reivindicações e enfatizou a importância de que a negociação ocorresse nesta semana e a necessidade do diálogo com as entidades, tanto do reitor da USP quanto do Cruesp.

Pois bem, no mais recente ofício do Cruesp, datado de 12/4, portanto, exatamente dois meses depois do primeiro ofício e pouco mais de um mês após o segundo ofício acima mencionados, lemos o seguinte: “Em reunião do Cruesp no início de março ficou acordado que as negociações relativas à pauta unificada do Fórum das Seis seguirão o cronograma observado na última década, ou seja, terão início no mês de maio. (…) Há o compromisso do Cruesp em divulgar o cronograma das reuniões conjuntas até o final de abril” (!!!).

É preciso notar que nos ofícios de 12/2 e 10/3, argumentamos que não queríamos a repetição do ocorrido em 2009 — quando, embora a pauta tivesse sido entregue no dia 16/4, a primeira reunião aconteceu apenas em 18/5. Foi para evitar esse péssimo cenário de negociação da data-base do ano passado que estabelecemos o processo acima exposto. O reitor Rodas, que tanto fala da necessidade do diálogo entre as partes, como presidente do Cruesp até 1/3, quando os reitores se reuniram para deliberar os 6% de reajuste aos docentes, deveria ter pautado a resposta deles à nossa legítima solicitação. Com base no trecho acima reproduzido do ofício do Cruesp isso foi pautado mas silenciado até 12/4. Só podemos repudiar essa atitude do Cruesp!

Mesmo com o reajuste de 6% nossos salários continuam muito baixos pois, para atingirmos o valor do salário médio de 1989, ainda seria necessário um reajuste superior a 30%! É por isso que, para reduzirmos essa diferença, estamos pleiteando reajustes iguais para docentes e funcionários, tendo como horizonte os 16% de reposição salarial para todos, além de uma parcela fixa, que objetiva diminuir a relação entre os menores e maiores salários.

Os prêmios que os docentes da USP receberam em 2008 e 2009 junto com o auxílio alimentação, que provocaram uma ruptura da isonomia salarial com nossos colegas da Unesp e da Unicamp, representam apenas parte da sobra de caixa da USP que não conquistamos nas datas bases mais recentes. Os reajustes salariais dos últimos quatro anos ficaram muito abaixo do crescimento nominal do ICMS. E agora, o reajuste de 6% aos docentes das três universidades exemplifica o que temos repetido nesses anos: há dinheiro em caixa!

Colega, repetimos aqui a pergunta da manchete: afinal, o comportamento do Cruesp não te preocupa?

 

Informativo n° 304

EXPRESSO ADUSP


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