Campanha Salarial 2010
Primeira reunião de negociação é marcada por ato público
![Primeira reunião de negociação é marcada por ato público](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2011/08/manif2_itapeva.jpg)
Daniel Garcia |
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Pressão sobre os reitores durante a negociação do dia 11/5 |
Mesmo com a mudança da sede do Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) para a Rua Itapeva, no bairro da Bela Vista, a primeira reunião de negociação salarial entre a entidade e o Fórum das Seis, no dia 11/5, foi acompanhada por centenas de funcionários, estudantes e professores da USP, Unesp e Unicamp, que fecharam a rua em frente ao edifício “Itapeva One” por mais de quatro horas, como forma de pressionar os reitores.
Diversos ônibus foram deslocados dos campi do interior e da capital para o ato. Tirado do bagageiro do ônibus de Piracicaba, um manequim vestido de juiz de futebol e portando um cartão vermelho na mão anunciava: “Cartão vermelho para Rodas e para os administradores do Cruesp”. Faixas e palavras de ordem reivindicavam o restabelecimento da isonomia entre professores e funcionários, quebrada pelo Cruesp em março, ao conceder reajuste de 6% somente para os docentes.
A partir das 15 horas, horário marcado para o início da reunião, os manifestantes bloquearam a rua, permitindo porém a passagem de veículos de emergência. Policiais da Força Tática colocaram-se então em formação, portando escudos e armas ditas “não-letais”. Na frente do edifício, homens vestidos de terno, que aparentavam ser seguranças privados, foram identificados por funcionários da USP como membros da Guarda Universitária, indevidamente deslocados para fora do campus. Apesar da tensão, não houve conflitos.
Os manifestantes repudiaram a mudança de endereço do Cruesp e reivindicaram a volta das negociações para os campi das universidades. “O aluguel de um andar num edifício privado é um desperdício de dinheiro público. Repudiamos a mudança para a Rua Itapeva, mas onde quer que eles [os reitores] vão, nós vamos estar junto. Não vamos deixar que as negociações aconteçam a portas fechadas”, declarou um estudante no carro de som.
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