A segunda reunião da data-base 2012 entre Fórum das Seis e Cruesp, realizada em 25/5, não apresentou qualquer avanço em relação à primeira, ocorrida em 16/5.

Logo no início, a coordenação do Fórum, expressando deliberações de reunião preparatória pela manhã, ressaltou a necessidade e a expectativa de diálogo efetivo entre as partes e lembrou o dossiê entregue em 16/4, quando protocolou a Pauta Unificada de Reivindicações 2012, destacando o enorme número de ofícios sequer respondidos pelo Cruesp: 22 em 2010 e 17 em 2011! Alertou para os termos do Comunicado Cruesp nº 1, de 16/5, onde se afirma que o órgão dos reitores “concedeu” (ao invés de “fez a proposta de”) reajuste salarial de 6,14%, o que revela, uma vez mais, a postura que tem sido adotada pelo Cruesp em todos os períodos de data-base: reuniões formais, apenas para informar um índice, nunca para uma real negociação entre as partes.

O Fórum cobrou a continuidade das discussões sobre o índice e a necessidade de negociação dos demais pontos do item “Salário” da Pauta Unificada: equiparação entre os pisos dos servidores técnico-administrativos; equiparação entre os valores pagos a título de auxílio-alimentação; recomposição das perdas dos servidores e docentes do Centro Paula Souza. O Cruesp apenas alegou não haver “tradição” de equiparação salarial entre os servidores de cada universidade, de modo que não faria sentido falar em isonomia… Contudo, não explicou por que os salários de docentes podem ser isonômicos, mas os de funcionários não. 

Outro aspecto cobrado pelo Fórum foi a necessidade de o Cruesp explicitar os dados efetivos das universidades, em especial após o início da vigência da Lei de Acesso à Informação (LAI). 

O Fórum das Seis lembrou, ainda, os outros pontos da Pauta Unificada: “Liberdade de organização e de manifestação dos movimentos”, “Permanência estudantil/gratuidade ativa”, “Condições de trabalho e estudo”, “Financiamento”, “Hospitais Universitários”, “Centro Paula Souza” e “SPPrev/Aposentadoria”, insistindo nas respostas dos reitores para cada um deles, o que também não tem ocorrido ao longo dos anos. 

Logo após o Fórum afirmar que as assembleias consideraram insuficiente o reajuste de 6,14% apresentado pelo Cruesp, o presidente deste propôs a interrupção da reunião por 15 minutos, para que as reitorias pudessem reavaliar. No retorno, os técnicos das três universidades discorreram com pessimismo sobre o cenário econômico brasileiro e mundial, e enfatizaram o “elevado comprometimento do orça­mento com folhas de pagamento”, com a nítida pretensão de justificar a manutenção dos 6,14%. De nada valeram os argumentos dos representantes do Fórum, indicando que há também no cenário econômico sinais positivos, que permitiriam um reajuste maior. O Cruesp deu por encerrada a discussão salarial, assumindo unicamente o compromisso de realizar reuniões técnicas para acompanhamento da arrecadação do ICMS, porém, sem se comprometer com reuniões de negociação no segundo semestre. Quanto aos demais pontos da Pauta Unificada, o presidente do Cruesp disse que todos devem ser tratados no âmbito de cada universidade, como pauta específica.

Até quando vamos tolerar a intransigência e o desrespeito do Cruesp?

Informativo nº 346

EXPRESSO ADUSP


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