Campanha Salarial 2014
Boletim da Greve 4 – 11/6/2014
REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO CANCELADA
A GREVE CONTINUA
O Fórum das Seis organizou em fevereiro sua pauta de reivindicações, protocolada em março, propondo reunião de discussão em abril, tendo em vista a data-base de 1º de maio. Apenas em 12 de maio, o Cruesp se dignou a marcar a primeira reunião para, sem qualquer interlocução, anunciar o "reajuste" 0%. Repetiu o gesto poucos dias depois, em 21 de maio, encerrando a "negociação".
As assembleias de estudantes, funcionários e professores de Usp, Unicamp e Unesp decidiram pela greve, a partir de 27 de maio, exigindo, em primeiro lugar, reabertura de negociações.
Atos públicos, conferências, documentos, artigos na imprensa, entre outras iniciativas, ampliaram o debate nas universidades sobre a atual situação. Algumas congregações da Usp, bem como o Conselho Universitário da Unicamp, aprovaram moções, exigindo a reabertura de negociação entre o Cruesp e o Fórum das Seis. Para o mesmo fim, 28 membros do Co da Usp asssinaram um documento, solicitando a inclusão do tema na pauta da reunião prevista para o dia 10 de junho. No entanto, na véspera, a reitoria cancelou a reunião, usando como desculpa um piquete de funcionários, embora o acesso à sala do Co não estivesse impedido.
No dia 11 de junho, o Cruesp agendou reunião de negociação para as 9h do dia 13, condicionando, porém, sua realização à "livre utilização das estruturas físicas" das três universidades, repetindo a intransigência demonstrada na ocasião do cancelamento da reunião do Co.
Ao final do mesmo dia, enquanto a comunidade da Usp era informada, via email, do agendamento da reunião, o Fórum das Seis recebia, por telefone, a notícia do seu cancelamento. Mais uma vez, intransigência.
Enquanto isso, na imprensa, o reitor da Unicamp afirmava nunca ter sido favorável à proposta de 0% e a reitora da Unesp, presidente do Cruesp, defendia uma ampliação do repasse de verbas, por parte do Governo do Estado, para as universidades estaduais paulistas e declarava ter clareza que o ensino público deve ser gratuito.
O reitor da Usp, no entanto, optou por questionar o número de funcionários e o número de docentes em RDIDP na Usp e, surpreendentemente, se contrapôs ao Cruesp no que diz respeito ao repasse de verbas, afirmando ser adequado o atual financiamento das universidades, mas insistindo no reajuste 0%.
- 0% é inaceitável, a menos que se refira ao índice de contaminação do campus da EACH!
- Mais verbas para as universidades públicas paulistas!
- Abertura das contas, transparência e democracia na gestão!
Deliberações da Sessão da Assembleia Geral da Adusp de quarta-feira 11/06/2014
- Foi aprovada a continuidade da greve
- Foi referendada, conforme indicativo do Fórum das Seis, organização de aula pública sobre as questões em pauta na greve (financiamento das universidades, estrutura tributária, financiamento para a educação, saúde e outros direitos sociais), a ser realizada na praça da Sé, no dia 18 de junho, quarta-feira, a partir das 12h.
- Foram remetidas para avaliação da comissão de mobilização diferentes propostas e ideias, entre as quais: organizar debates sobre os temas da greve e sua divulgação; tratar da necessidade de acesso com antecedência às pautas do Co, conselhos e comissões centrais, a transmissão ao vivo das reuniões de todos os colegiados da USP e reuniões de negociação com o Cruesp.
- Foi aprovada a reivindicação de acesso aos dados brutos sobre os gastos e recursos da gestão anterior e da atual.
- Foram aprovadas uma moção de repúdio à demissão, por parte do Governo do Estado, dos 42 metroviários, e a seguinte moção encaminhada pela FFLCH:
Considerando a natureza pública da nossa universidade, bem como a conjuntura de negociação e luta em curso, manifestamos nosso veemente repúdio a atos agressivos dirigidos individualmente a colegas, com o objetivo de intimidar e impor posições. Tais atos não fortalecem as práticas democráticas e a ampliação do debate político.
Assembleia da Adusp
16 de junho, segunda-feira, às 15h, em local a ser marcado, precedida por reuniões setoriais nas unidades.
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