Campanha Salarial 2014
Zago em campanha x Zago em ação: alguns fatos para pensar
![Zago em campanha x Zago em ação: alguns fatos para pensar](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2014/07/Zago_charge845.jpg)
Texto elaborado pelo Comando de Mobilização dos Docentes da Adusp Regional Ribeirão Preto.
Declaração do reitor Marco Antonio Zago à revista Veja, edição de 25/6/2014:
“estabilidade precoce de professores e funcionários paralisa as coisas”.
Vida real:
| 1989 | 2012 | var (%) |
Cursos de Graduação | 126 | 249 | 98% |
Alunos de Graduação | 31.897 | 58.303 | 83% |
Alunos de Mestrado | 8.486 | 13.836 | 63% |
Alunos de Doutorado | 4.428 | 14.662 | 231% |
Docentes | 5.626 | 5.860 | 4% |
Funcionários | 17.735 | 16.839 | -5% |
Trabalhos publicados/docente | 2,7 | 5,6 | 107% |
Trabalhos indexados no Institute of Scientific Information (ISI) | 1.014 | 9.893 | 876% |
Fonte: Anuários da USP
Zago em campanha: “A democracia na universidade não diz respeito apenas à escolha de dirigentes, pois se a estrutura interna de poder não for alterada, as decisões e a condução dos trabalhos continuarão centralizadas”.
Zago em ação: “Se falar que não tem democracia na USP a conversa acaba” (em reunião em Ribeirão Preto).
Zago em campanha: “O ponto mais significativo da reforma do poder é mudar a maneira como são tomadas as decisões, fazendo com que o Conselho Universitário, as Congregações e os Conselhos Centrais tenham uma participação mais relevante na vida da Universidade”.
Zago em ação: “Criamos um grupo de trabalho para determinar o que deve ser entendido por excelência”.“Seria muito melhor se houvesse um orçamento anual definido e a prerrogativa de contratar e demitir de acordo com o desempenho” (Veja).
Zago em campanha: “A USP tem o dever de ser exemplar quanto à transparência dos processos de decisão, definição de políticas e utilização dos recursos públicos”.
Zago em ação: Até o momento não abriu as contas da USP, não explicou quais as obras previstas, nem a que se destinam os recursos comprometidos e, menos ainda, por que razão não foram utilizados os R$ 129 milhões previstos no Orçamento da USP para “atendimento das decisões do Cruesp com relação à política salarial das Universidades Estaduais” (Orçamento-Anexo, p.4).
Zago em campanha: “O problema da USP hoje é político muito mais do que econômico”.
Zago em ação: Diz que a USP está quebrada. Omite que parte do saldo bancário que a USP possuía em dezembro de 2013 (de R$ 2,5 bilhões!) tem origem, segundo Joaquim Engler (30 anos de COP!), em proposta do então reitor Marcovitch e "seria utilizada no pagamento dos inativos". Omite que o comprometimento com inativos era de 12,9% da folha de pagamentos em 1987 e está em 20,5% atualmente. Isso demonstra que há muito o que ser explicado antes de se atribuir o “buraco” nas contas à reestruturação salarial das carreiras. Na verdade, com base no ICV-Dieese constata-se que um professor ganha hoje menos do que ganhava em 1989.
Zago em ação: “O Conselho Universitário não tinha consciência dessa situação financeira” (Veja). Mas o atual presidente da COP, professor Sigismundo Bialoskorski Neto, está nesta comissão desde 2010.
Zago em ação: “Os pesquisadores precisam arriscar mais, sair da zona de conforto” (Veja).
Fica a questão: quando vamos sair, todos nós docentes, da zona de conforto e cobrar dos gestores da USP respeito ao que prometeram em campanha?
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Tarcísio estuda adotar regime de capitalização na SPPrev, enquanto Câmara dos Deputados e Supremo debatem fim da contribuição de aposentados(as)
- Perdemos o professor Amando Siuiti Ito, exemplar pesquisador, “figura central na Biofísica nacional”
- Diretrizes orçamentárias de 2025 aprovadas na Alesp mantêm possibilidade de corte de 30% nos recursos da Fapesp; repasse às universidades continua a ser de “no mínimo” 9,57% da QPE do ICMS
- Familiares e ativistas comemoram recriação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, mas consideram a demora injustificável
- Trabalhadores(as) do IPT poderão entrar em greve no dia 10 de julho, contra reajuste salarial de apenas 1%