Defesa do Ensino Público
Quanto (não) ganham os professores brasileiros?
A aprovação, pelo Senado, de um piso nacional para os professores da educação básica, de R$ 950, bem como a greve dos professores da rede estadual paulista, voltaram a colocar em evidência os baixos salários do professorado brasileiro. Cabe ressaltar que R$ 950 correspondem a R$ 5,94 por hora trabalhada, o que enche de orgulho o nosso glorioso Congresso Nacional!
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) combina aspectos quantitativos e qualitativos do sistema escolar (aprovação e desempenho dos estudantes em avaliações). Ele pode ser influenciado por vários fatores, tanto externos às escolas: condições socioeconomicas da população envolvida, participação da sociedade, como internos: empenho de dirigentes e docentes, número de estudantes em classe, condições materiais de funcionamento das escolas, condições de trabalho dos professores etc.
Além disso, o salário dos professores é um fator importante, pois reflete-se diretamente nas condições de trabalho e indiretamente na motivação e no envolvimento dos profissionais.
Dados da CNTE
Com base nas informações sistematizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE, www.cnte.org.br) de abril de 2007, apresentamos a tabela ao lado.
Nessa tabela, temos os salários pagos em 2007 para professores das redes públicas de cada um dos Estados, indicando também a variação, entre 2005 e 2007, do Ideb de cada um deles.
São Paulo
Não temos informações atualizadas dos outros estados, mas São Paulo, após o recente reajuste ficou com R$ 8,18 e R$ 9,38 por hora, respectivamente, para os professores de 1ª a 4ª e 5ª a 8ª série. Estes valores foram comparados (ver Informativo Adusp 262) com a hora paga para algumas categorias profissionais, sem requisito de nível universitário, segundo o data-casa da Folha de S.Paulo.
Não dá para se orgulhar do salário pago aos professores estaduais paulistas. Com a palavra, o governador Serra.
Matéria publicado no Informativo n° 263
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