Recebemos extensa carta da direção da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que contesta reportagem publicada no Informativo Adusp 257, a qual conteria “diversas imprecisões” e “desinformações”. A seguir os principais trechos:

“A proposta da EACH foi desenvolvida desde 2004, portanto antes da contratação dos docentes de nossa Escola, o que não ensejou uma discussão ampla com os atuais docentes das decisões que o envolvem, e contou com a discussão prévia feita por profissionais de diversos órgãos da USP, como a Coesf e a Prefeitura do Campus de São Paulo, e de um grupo que variou de quinze a vinte docentes que compuseram o Conselho Diretor da USP Leste e que se reuniu em certos períodos semanalmente, desde sua criação, em 28 de maio de 2004, até 17 de agosto de 2005.

Portanto, para a maioria dos projetos sequer houve possibilidade de consulta aos docentes atualmente contratados em nossa Escola (…).

Assim que a atual direção (Dante de Rose, diretor, e Waldir Mantovani, vice-diretor) assumiu a Escola, preocupou-se com a participação dos docentes nos rumos que tomaria, incluindo o estabelecimento de uma Comissão formada por Professores para a discussão do espaço físico, que teve entre suas missões a de determinar os critérios e as políticas a serem seguidas, tendo sido realizadas diversas reuniões com ampla chamada à participação.

Este mesmo grupo também teve a atribuição de propor, junto com os demais docentes, critérios de distribuição de espaços de pesquisa, conforme demandas indicadas e políticas estabelecidas. Alguns grupos de pesquisa que se estabeleceram nas fases iniciais de nossa Escola foram contemplados com espaços de pesquisa, incluindo o grupo do qual faz parte o docente que afirmou que ‘Ficamos três anos sem laboratórios’.

Os problemas de poluição em Ermelino Matarazzo são muitos, conhecidos e ensejaram estudos na atmosfera e no solo de nossa área de implantação. Os resultados indicaram que os solos não são contaminados, ao contrário do que ocorre no Jardim Keralux (…) e a emissão de poluentes por indústrias na região, principalmente a BanQuímica, mas não a Owens-Illinois do Brasil (…), tem sido controlada e monitorada pela Cetesb, conforme indicação daquele órgão.

Os cursos de nossa Escola tiveram contratados os docentes conforme os projetos pedagógicos que estabeleceram, com base no cálculo de 8 horas de aula semanais por docentes em cada semestre, conforme a Portaria 3150/99, mas alguns cursos promoveram alterações em suas estruturas e cargas horárias totais e não foram contemplados nas contratações previstas originalmente, embora tenham suas solicitações objeto de discussão desde 2005 com a Reitoria.

(…) Os docentes têm cotas de xerox para uso pessoal e têm maior liberdade para o uso didático. Atualmente os docentes estão centrados em nosso prédio chamado I1 e, por isto, há uma grande concentração de cópias tiradas na máquina ali estabelecida, em especial em alguns períodos do mês e do ano, o que deverá ser sanado quando da implantação do novo prédio com salas de docentes, que deverá conter metade do total de docentes da nossa Escola.

Consulta junto à direção da Escola não detectou nenhuma reação ofendida sua à mensagem postada pela docente e a direção não se sente ofendida diante de reclamações justas, já que promovem a melhoria do nosso funcionamento. (…)

Professor Waldir Mantovani
Diretor em exercício da EACH”

Nota da redação – As afirmações do professor sobre a quantidade de docentes contratados e sobre o uso do xerox confirmam o que publicamos. Quanto à questão ambiental, os indícios colhidos são de que a poluição tem aumentado (Informativo n° 259).

 

Matéria publicada no Informativo n° 262

EXPRESSO ADUSP


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