A greve da EACH prosseguiu com força na quinta-feira, 19/9. Mas o centro dos acontecimentos deslocou-se do campus leste da USP para a Cidade Universitária do Butantã! Primeiro porque, no início da tarde, docentes, estudantes e funcionários realizaram um bem-humorado ato de protesto diante da Reitoria da USP. Dezenas de pequenos caminhões de brinquedo, com “caçambas” cheias de “material de despejo”, foram dispostos em fila, em ostensiva referência ao aterro ilegal indevidamente patrocinado pela direção deposta da EACH.

Mais tarde, a movimentação surtiu seus efeitos quando uma comissão de 13 representantes foi recebida pelo reitor J. G. Rodas e por seus assessores, professores Wanderley Messias (SRI), Alberto Carlos Amadio (chefe de gabinete) e Antonio Massola (SEF).

A conversa foi amistosa, com colocações diretas. Recebemos a notícia que o diretor afastado pela reunião aberta da Congregação da EACH, Jorge Boueri, pediu licença médica e que o vice-diretor Edson Leite assumiria a direção interinamente a partir desta sexta-feira 20/9. O reitor sugeriu que “testássemos” Leite como diretor. Respondemos que as nossas reivindicações incluem o afastamento “da direção”, o que inclui tanto o diretor Boueri como seu vice-diretor.

O reitor falou da impossibilidade regimental, na USP, de afastamento de um diretor. O professor Ciro Correia, presidente da Adusp, cobrou o afastamento com base em leis estaduais, levando em conta a extrema gravidade da situação. Os representantes da comunidade da EACH observaram que não há como aceitar Edson Leite como diretor, pois significaria uma continuidade da gestão atual.

“Saída diplomática”?

O reitor afirmou que deveríamos tentar uma saída diplomática. O presidente da Adusp rebateu que cabe à Reitoria fazer valer uma solução diplomática onde prevaleça a justa demanda das categorias, e não a insistência em permanecer no poder daqueles que se deslegitimaram para exercê-lo.

Os representantes da Reitoria alegaram que só vieram a saber do aterro ilegal de 2011 depois do fato acontecido. Que já houve uma sindicância e que não poderia haver outra pelo mesmo motivo. Prometeram divulgar na Internet toda a documentação envolvida nas questões ambientais dentro de no máximo 30 horas, incluindo a sindicância sobre o aterro ilegal. Mais detalhes serão discutidos na reunião aberta de segunda-feira na EACH, com a SEF, ocasião em que já teremos os documentos em mãos.

Uma nova conversa com a Reitoria ficou agendada para a próxima quinta-feira, 26/9, às 16 horas, no mesmo local de ontem.

Também participaram da reunião as professoras Elizabete Franco Cruz, Adriana Tufaile, Ângela Hutchinton; os funcionários Ricardo P. Silva, Ernandes P. Silva, Fabiana Pioker, Aníbal Cavali (Sintusp); e os alunos Ítalo Nascimento, Augusto Amado, Vanessa Simon, Julia Mafra, Leticia Nery.

EXPRESSO ADUSP


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