Esalq perde professor Paulo Sentelhas, aos 56, por Covid-19

TV USP Piracicaba

 

Professor Paulo Sentelhas
Faleceu nesta terça-feira (21/9), aos 56 anos, vítima da Covid-19, o professor titular Paulo Cesar Sentelhas, docente do departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e um dos principais especialistas brasileiros em Agrometeorologia. O velório foi realizado nesta quarta (22/9), no Parque da Ressurreição, em Piracicaba (SP).
 
Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade de Espírito Santo do Pinhal, Sentelhas tornou-se mestre e doutor em Agronomia pela Esalq, respectivamente em Agrometeorologia (1992) e em Irrigação e Drenagem. (1998). Atuou como pesquisador no Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMET) da Unesp (1988-1994) e no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) de 1994 a 1996, quando ingressou como professor na Esalq. Fez pós-doutorado na Universidade de Guelph, no Canadá (2003-2004), e tornou-se livre-docente na Esalq em 2004.
 
Presidiu a Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (SBAgro) e a Federação Latinoamericana de Agrometeorologia no biênio 2005-2007, segundo comunicado da Esalq. Foi editor científico e depois editor-chefe da revista Scientia Agricola, publicada por aquela escola, e atuava como editor associado do International Journal of Biometeorology (ISBM – Springer).
 
Ainda segundo a Esalq, “de 2005 a 2013 atuou como representante do Brasil no Grupo de Especialistas em Agrometeorologia da Organização Mundial de Meteorologia (OMM-ONU)”. Era membro da International Society of Agricultural Meteorology (INSAM).
 
“Tinha muito a oferecer ainda, grande perda para o mundo acadêmico e científico”, lamentou em rede social o professor Evaristo Marzabal Neves, docente sênior do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq. “Perda irreparável. Excelente professor (diversas vezes homenageado), pesquisador reconhecido internacionalmente. Difícil substituição”. Acrescentou tratar-se de profissional que atuou em entidades ligadas à pesquisa e colaborou com publicações científicas, além de estudioso do impacto das condições climáticas sobre diversas culturas agrícolas.
 
Sua morte repercutiu no noticiário online da revista Globo Rural e no portal G1. Em nota da empresa de consultoria Agrymet, que fundou com suas filhas, a família agradeceu “o imenso carinho desses últimos dias e o amor que todos mostraram para ele”.
 

EXPRESSO ADUSP


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