A assembleia geral da Adusp de 29/11 teve início com um relato da audiência pública realizada na véspera na Assembleia Legislativa (Alesp), que teve como tema as perseguições políticas e a presença da Polícia Militar (PM) no campus da USP. Essa audiência ocorreu por iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL) e contou com a participação de um número significativo de docentes, funcionários técnico-administrativos e estudantes. Todos os oradores, tanto da mesa — composta pelo parlamentar, por representantes da Adusp, Sintusp, DCE-Livre e comando de greve dos estudantes — como do plenário, questionaram a ofensiva que tem sido adotada contra aqueles que não compartilham do projeto de universidade implantado por sucessivas administrações da USP, contradizendo o que se espera de sua função social e de espaço democrático para a livre expressão e para o debate de ideias. A audiência pública foi coberta pela TV Assembleia, permitindo maior acesso aos interessados.

Por deliberação da assembleia anterior, havíamos solicitado audiência ao Governador para tratar da presença da PM no campus Butantã da USP. A resposta a essa solicitação veio do gabinete da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), dispondo-se a sentar conosco. Após discussão, decidimos não acatar a proposta do Secretário, e divulgar uma Carta Aberta ao Governador (Leia artigo) a ser encaminhada às mídias jornalísticas.

O professor José Maria Pacheco de Souza (FSP) informou os presentes sobre carta do Tribunal de Contas do Estado encaminhada a vários colegas que receberam salário superior ao teto do funcionalismo, o salário do Governador, no exercício de 2007. A mesa informou que a diretoria da entidade já havia tomado conhecimento do fato e que o GT-Jurídico analisava o assunto, que seria pautado em momento oportuno (vide matéria).

O estudante Diego Cardoso, membro do Comitê de Greve da Letras, leu documentos relativos a incidentes ocorridos durante o piquete realizado por alunos de Letras e solicitou que a Adusp tomasse posição a respeito. A mesa informou que as denúncias feitas serão devidamente consideradas pela entidade, após melhor conhecimento dos fatos relatados, o que seria inviável ocorrer naquele momento.

Manifesto

O professor Helder Garmes (FFLCH) expôs o teor do “Manifesto pela Democratização da USP”, elaborado por alguns professores, e propôs a adesão da Adusp ao documento. Vários colegas se posicionaram sobre a questão, prevalecendo a decisão de deixar a critério de cada um a adesão ou não ao Manifesto.

A seguir, iniciou-se a discussão sobre a greve dos estudantes. Vários colegas ponderaram que as manifestações já tornadas públicas pela Adusp são suficientes, em especial as notas de 31/10 e 7 e 8/11, prevalecendo a ideia de que não há necessidade de novos posicionamentos e que a Carta Aberta ao Governador deixa clara nossa posição sobre a presença da PM no campus do Butantã da USP.

Por fim, passou-se à indicação dos delegados da Adusp ao 31° Congresso do Andes-SN (Manaus-AM, 15 a 20/1/2012), que terá como tema Caprichar na educação, garantir direito dos trabalhadores, para ter futuro. Foram indicados os seguintes colegas: Andrés Vercik (FZEA), César Antunes de Freitas (FOB), Elisabetta Santoro (FFLCH), Helder Garmes (FFLCH), Heloisa Borsari (IME), Kimi Aparecida Tomizaki (FE), Lighia B. H. Matsushigue (IF), Manoel Fernandes (FFLCH), Marcelo Ventura (EACH), Rosângela Sarteschi (FFLCH), Sérgio Souto (FZEA) e Valéria de Marcos (FFLCH).

 

Informativo n° 339

EXPRESSO ADUSP


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