Defesa da Universidade
Movimento convida para comemoração dos dois anos de ocupação da Creche Oeste
![Movimento convida para comemoração dos dois anos de ocupação da Creche Oeste](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2019/01/CrecheOeste.jpg)
Unidade, que atendia cerca de cem crianças, foi fechada pela Reitoria em meio às férias acadêmicas de 2017. Desde então, mobilização de pais, funcionários e comunidade tem garantido o funcionamento do espaço e a realização de atividades, além de manter a luta pela reabertura
A Ocupação Creche Aberta promove nesta quinta (17/01), a partir das 17h30min, um café/chá para comemorar os dois anos da ocupação da Creche Oeste, na Cidade Universitária. O convite para participar da programação é aberto a entidades, movimentos sociais, apoiadores e à comunidade. A Creche Oeste fica na Avenida Almeida Prado, 1272, ao lado da prefeitura do Campus.
A creche está ocupada desde 17 de janeiro de 2017, um dia depois de a Reitoria ter anunciado, de surpresa e em meio às férias acadêmicas, que seria realizada a transferência de seus equipamentos, materiais e mobiliário para a Creche/Pré-Escola Central. A justificativa alegada era "otimizar os espaços das Creches e Pré-Escolas do campus Butantã".
![A Creche Oeste (foto: Ocupação Creche Aberta)](https://www.adusp.org.br/wp-content/uploads/2019/01/CrecheOeste.jpg)
Pais e funcionários se mobilizaram para que o espaço não fosse fechado. Desde então, as atividades têm ocorrido permanentemente. De acordo com o depoimento dos ocupantes ouvidos pelo Informativo Adusp, inicialmente procurou-se organizar a comunidade e dar conhecimento da situação. Foram realizados almoços e outros eventos para receber pais, crianças e todos os interessados.
Os participantes se integraram a outros movimentos e ações como a discussão do sucateamento do Hospital Universitário (HU), também promovido pela gestão de M.A. Zago na Reitoria da USP, e a iniciativas da Associação dos Moradores do Jardim São Remo.
Mais tarde, o foco principal passou a ser a vivência com as crianças no espaço. "Elas mesmas diziam: 'quero ir para a Creche Oeste'", conta uma das participantes da ocupação.
Entre as atividades permanentes na unidade está a revitalização da horta, plantada pelos ocupantes e "ocupantinhos" (as crianças), que também se alimentam do que elas mesmas cultivam.
"A instituição a abandonou, mas a comunidade, não"
Os ocupantes têm cuidado da manutenção do espaço, garantindo que a creche esteja em condições para a reabertura – objetivo da luta. "Havia cem crianças atendidas aqui. Não há nenhuma razão estrutural ou de outra natureza que possa justificar a não reabertura, assim como nada justifica o fechamento", diz outra integrante do movimento. "Não se trata de reabrir uma creche abandonada, porque esse lugar de abandono não existe. A instituição a abandonou, mas a comunidade, não."
A reabertura da Creche Oeste segue em discussão na Justiça. Em setembro do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou decisão anterior em relação a um mandado de segurança impetrado pela Associação de Pais e Funcionários (Apef) da Creche Oeste que determinava a reabertura do espaço. Na prática, a decisão mantém o fechamento e possibilita que a USP solicite a reintegração de posse da unidade.
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