Defesa da Universidade
Na USP de Ribeirão Preto, alunos desafiam proibição e plantam mudas na floresta
Um numeroso grupo de alunos da USP de Ribeirão Preto plantou mudas na floresta do campus em 27/2 e 11/3, seguindo todos os critérios previstos no Projeto do Banco Genético. Foram plantadas mudas que estavam prontas no viveiro, mas cujo plantio não recebia autorização da Prefeitura do campus (PUSP-RP).
O Banco Genético era coordenado pelo GT Floresta, que fazia parte da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da PUSP-RP. Porém, em razão das alterações introduzidas no seu regimento, aprovadas pelo Conselho Gestor do campus em dezembro de 2013,_a CMA deixou de contar com representação docente e o GT Floresta foi extinto (vide matéria).
Estudantes da USP de Ribeirão Preto durante plantio de mudas na floresta do campus |
O plantio “rebelde” foi uma forma de protesto dos alunos contra os ataques da PUSP-RP à política ambiental do campus. No dia 27/2, o Centro Estudantil de Biologia (CEB) convocou uma reunião de estudantes, docentes e funcionários com a finalidade de discutir as questões ambientais. “Recentemente o regimento da CMA foi alterado sem que houvesse uma discussão ampla com a comunidade da USP acerca dos impactos resultantes das mudanças propostas para as questões ambientais do campus”, explicou o CEB na convocatória.
A discussão ocorreu em uma das salas_do Centro Didático da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FCLRP), com a participação de dezenas de alunos, além de funcionários e vários docentes. O professor Marcelo Pereira, ex-presidente da CMA, fez uma apresentação a respeito das atribuições da comissão e das alterações realizadas no regimento.
Entulho asfáltico
Um exemplo das agressões que a floresta vem sofrendo, por ação ou omissão da PUSP-RP, é o despejo de entulho de asfalto em uma estrada de terra que corta a floresta.
O entulho impede que a Guarda Universitária, ao fazer suas rondas, transite por essa estrada, que é estreita e permite a passagem de um só veículo por vez. Sua finalidade principal é permitir a passagem de caminhões-bomba em caso de incêndio.
Sindicância
Embora a PUSP-RP tenha informado em Nota de Esclarecimento, de 12/12/2013, a propósito das denúncias sobre pagamento ilegal de R$ 456 mil a uma empresa contratada (vide matéria), que a Divisão de Finanças havia sido submetida a uma “auditoria solicitada por este Prefeito ao Departamento Financeiro da USP em 17 de setembro de 2012”, e que “os procedimentos do setor já estão sob avaliação”, até agora não revelou os resultados dessas apurações.
Consultado a respeito pelo Informativo Adusp, o professor Osvaldo Bezzon, prefeito do campus, declarou que está “aguardando o processo com as instruções da Procuradoria Geral”. “A auditoria no contrato de áreas verdes, objeto da denúncia, já foi concluída pelo Departamento de Finanças da Reitoria, que encaminhou o processo à Procuradoria Geral da USP para análise e, se for o caso, informar as providências a serem tomadas no âmbito da Universidade”.
Sobre o aditamento ao contrato original, no valor de R$ 847 mil, firmado pelo próprio Bezzon em junho de 2013, ele revelou que “também passa por auditoria e, quando todos os trabalhos forem concluídos, faremos os devidos esclarecimentos”.
Informativo nº 377
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