Defesa da Universidade
Novo ato contra PL 529 nesta quarta (16/9) vai combinar ação presencial na Alesp e manifestações remotas
Nesta quarta-feira (16/9) a luta do funcionalismo público e dos movimentos sociais contra o devastador projeto de lei (PL) 529/2020 do governador João Doria (PSDB) poderá dar um salto de qualidade, com a realização de um novo ato público na Assembleia Legislativa (Alesp) a partir das 15 horas. Espera-se que cerca de 80 entidades e movimentos sociais participem do evento na Alesp, que terá formato híbrido, combinando atividades presenciais e manifestações virtuais.
“Para participar à distância, use o site Manif.app. Ele permite que você se coloque virtualmente no local do ato”, recomenda o Fórum das Seis. “No campo ‘Slogan’, escreva uma frase de protesto, que ficará associada ao seu avatar. Divulgue o link amplamente e peça para seus contatos entrarem na hora do ato!”
A importância da manifestação é clara: trata-se de pressionar os deputados e deputadas estaduais com a finalidade de barrar um projeto extremamente perverso, que ataca e desmantela serviços públicos que interessam a toda a população paulista, da saúde ao ensino superior público e à pesquisa científica, passando pelo transporte público metropolitano, construção de moradias populares, assistência técnica aos pequenos agricultores e quilombolas etc.
Dentro e fora das universidades públicas, as manifestações de repúdio ao PL 529 multiplicam-se na medida em que se tornam mais claras as iniquidades nele contidas. Por isso, até mesmo parlamentares de partidos conservadores, bem como ex-secretários de governos tucanos, vêm se pronunciando contra o projeto.
“Desde a apresentação do PL 529/2020 pelo governador Doria temos participado das mobilizações juntamente com o Fórum das Seis e compondo a Frente em Defesa do Serviço Público, que reúne mais de 80 entidades representativas e movimentos sociais”, declara a professora Michele Schultz Ramos, 1ª vice-presidente da Adusp. “É preciso que as pessoas compreendam que o PL é um ataque frontal aos direitos sociais da sociedade paulista, uma vez que, além de retirar recursos das universidades estaduais e da Fapesp, pretende extinguir várias instituições públicas que realizam trabalho essencial nas áreas de transporte, moradia, meio ambiente, direito à terra e saúde”.
Na sua avaliação, a apresentação pelo governo estadual de projeto dessa monta “em meio a uma pandemia sem precedentes na história recente” revela, no mínimo, “um oportunismo perverso que se aproveita do momento de dificuldades e fragilidades sociais para aprovar algo que sempre esteve nos seus planos: ataque aos serviços e servidora(e)s públicos, retirada de direitos sociais e privatizações”.
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