Privatização
Carta: matéria sobre o LAMI é “tendenciosa e leviana”
"Venho manifestar minha surpresa pela maneira tendenciosa e leviana como que a figura do LAMI – Laboratório de Acústica Musical e Informática é exposta em matéria publicada por esse Informativo em 24/11/2008 (…). Em 17/11/2008 fui procurado por uma aluna (…) que se apresentou como estagiária do Informativo Adusp (…). Na ocasião expus rapidamente as atividades que desenvolvemos no LAMI e em nenhum momento mencionei que os alunos devem pagar para utilizar o Laboratório. Isso se encontra reforçado em mensagem enviada por e-mail para a aluna em 19/11/2008 quando me dispus a atendê-la para prestar qualquer outro esclarecimento.
Causa-nos surpresa, portanto, a insinuação publicada na matéria de que ‘qualquer um que precise usar o estúdio do CMU terá de pagar’. O LAMI (…) oferece suporte técnico também para atividades realizadas pelo Departamento de Música, como eventos científicos e artísticos, e abriga a realização de disciplinas específicas que fazem parte da grade curricular obrigatória dos cursos oferecidos pelo CMU. É claro e óbvio que jamais houve qualquer tipo de cobrança para a realização dessas atividades.
(…) Há também (…) eventual captação de recursos externos via leis de incentivo para viabilização de projetos artísticos relacionados à produção acadêmica. Em função da escassez e da grande demanda de trabalhos que nos chegam somos obrigados a criar critérios para a aceitação dos mesmos. As prioridades são atividades acadêmicas programadas (…) e o suporte para o desenvolvimento de projetos de pesquisa acadêmica. As outras demandas são atendidas de acordo com a disponibilidade e recursos que dispomos.
A matéria aponta ainda, de maneira correta, que o LAMI ‘não está aberto ao uso indiscriminado’. Isso significa que o LAMI não é disponibilizado para a realização de trabalhos pessoais, sem vínculo com as atividades acadêmicas, ainda que sejam solicitados por alunos da ECA. (…)”
Professor Fernando Iazzetta
Nota da Redação
A reportagem sobre o LAMI (“Estudantes de música pagam para gravar na ECA”, Informativo Adusp 272) foi motivada por reclamações de estudantes do Departamento de Música, inclusive por meio de carta endereçada ao Centro Acadêmico Lupe Cotrim.
A pauta foi explicada com detalhes aos entrevistados. A pergunta central foi: “Por quê os estudantes precisam pagar para usar o estúdio do Departamento?”
Tanto o professor Fernando Iazzetta quanto o funcionário responsável pelo estúdio admitiram a existência de cobrança, no LAMI, por gravações realizadas por estudantes.
Foi o próprio professor Iazzeta quem sugeriu que procurássemos o funcionário para conhecer a tabela de preços. O funcionário chegou a afirmar que a cobrança impõe uma espécie de “limite” aos alunos, no tocante ao tempo de uso do estúdio.
A reportagem não questiona o conjunto de atividades do LAMI, mas o fato de exigir-se pagamento de estudantes do curso de música que pretendam usar seus equipamentos, adquiridos com verbas públicas.
Incorremos em equívoco ao afirmar que “qualquer um que precise usar o estúdio terá de pagar”. Mas reiteramos, com base nas declarações colhidas, que há cobrança, indevida, de uma parte dos estudantes.
Matéria publicada no Informativo nº 273
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Reitoria pretende reeditar Estatuto do Docente, para subordinar CERT à Comissão Permanente de Avaliação; instituir nova instância avaliatória do regime probatório, a “CoED”; e ampliar de 6 para 18 o repertório de perfis docentes
- Justiça suspende concurso de professor titular na Esalq, para evitar possível favorecimento do Prefeito do Câmpus
- Contratada sem licitação em 2022 por R$ 309 milhões, para gerir HC de Bauru (ex-HRAC) por cinco anos, a Faepa já recebeu total de R$ 592 milhões graças a nove aditamentos
- Confira aqui a nova vitória da Adusp no TJ-SP contra a tese da Reitoria de “prescrição” da ação da URV, e outros andamentos recentes do caso
- “Fui aprovado por unanimidade, mas meu nome está sendo veiculado de forma negativa, como se eu tivesse interferido na constituição da banca”, diz prefeito do câmpus de Piracicaba, que repele acusação de favorecimento em concurso de titular