Privatização
STF autoriza cobrança em cursos lato sensu
Em sessão realizada no dia 26/4, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a cobrança em cursos lato sensu oferecidos por universidades públicas. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 597854, com repercussão geral reconhecida, da Universidade Federal de Goiás (UFG) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que considerou inconstitucional a cobrança de mensalidade em um curso de pós-graduação lato sensu em Direito Constitucional oferecido por aquela instituição pública, tendo em vista a garantia constitucional de gratuidade de ensino público (artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal).
O julgamento teve início na sessão de 20/4, quando o ministro Edson Fachin leu seu relatório favorável ao recurso. Um dos amici curiae a falar foi o Confies, que representa as fundações privadas ditas “de apoio”, interessadas em defender os cursos pagos.
O julgamento se encerrou em 26/4, quando o STF, “por maioria e nos termos do voto do relator […] deu provimento ao recurso para denegar a segurança pleiteada, e fixou a seguinte tese: ‘A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança por universidades públicas de mensalidade em cursos de especialização’, vencido o ministro Marco Aurélio”. Presidiu o julgamento o ministra Cármen Lúcia.
Informativo nº 435
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- No apagar da gestão Carlotti Jr.-Nascimento Arruda, “reitoráveis” se movimentam em busca de apoios; Comissão Eleitoral está designada, mas ainda não definiu calendário
- Carlotti Jr. convoca Co extraordinário para votar em 6/8 proposta de mudança em concursos docentes; em nota, Diretoria da Adusp critica pressa e pede mais prazo para discussão do tema
- Secretário da Educação é ex-diretor e acionista de empresa que tem contratos com o Estado; em livro, Renato Feder já defendeu privatização total dos serviços públicos
- Política afirmativa em vigor nos concursos da USP é “ineficaz” e precisa ser urgentemente reformulada, propõe Coletivo de Docentes Negras e Negros
- Investigação da Receita Federal conclui que a Fundação Faculdade de Medicina remunera dirigentes, e aponta fraude tributária; entidade perde condição de “filantrópica” e recorre