Democracia na USP
Ato na Reitoria repudia despejo do Sintusp

fotos: Daniel Garcia
Um ato realizado em 15/12 na frente da Reitoria da USP reuniu centenas de manifestantes em defesa do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), novo alvo da política repressiva da gestão M.A. Zago-V. Agopyan, que pretende desalojar a entidade da sede que ocupa há décadas. Em 30/11 a Reitoria obteve liminar da 3ª Vara da Fazenda Pública, concedendo a reintegração de posse do imóvel.
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A Reitoria alega que a desocupação do imóvel é necessária frente a uma requisição feita pela ECA. A Congregação da ECA, porém, já declarou oficialmente que nunca solicitou o imóvel. A decisão do juiz Fausto Martins Seabra determina a expedição do mandado de reintegração “com o auxílio de força policial, se necessário”.
“Essa nova investida contra a organização coletiva no âmbito da universidade guarda relação com os ataques que, nesse ano, se avolumaram contra os direitos dos trabalhadores, assim como busca criminalizar toda e qualquer resistência por parte de movimentos sindicais, sociais e políticos no país”, diz trecho de moção lida pelo presidente da Adusp, professor César Minto.
Uma comissão integrada por representantes da Adusp, Fórum das Seis, CSP-Conlutas, pelo ex-senador e vereador eleito Eduardo Suplicy (PT) e pelo deputado Carlos Giannazzi e pela vereadora eleita Sâmia Bomfim (ambos do PSOL), constituída com o objetivo de conversar com o reitor, foi barrada na entrada da Reitoria. Suplicy, então, deixou com um funcionário do setor de protocolo – na portaria – documento escrito à mão, no qual solicita audiência ao reitor até 20/12, para tratar da questão do despejo.
“Acho importante ouvirmos se ele tem algo a dizer sobre o procedimento contra o Sintusp”, disse Suplicy, endossado por Giannazzi.
Ao final do ato, a superintendente jurídica da USP, Maria Paula Dallari Bucci, foi abordada por dirigentes do Sintusp quando se dirigia à entrada da Reitoria. “Há que providenciar alguma interlocução”, disse Maria Paula a Neli Wada, diretora do Sintusp. A superintendente se comprometeu a buscar uma solução negociada.
Na véspera, dirigentes do Sintusp foram recebidos em audiência no Palácio dos Bandeirantes por Ricardo Viegas, do Gabinete da Casa Civil, e entregaram documentos que argumentam favoravelmente à manutenção da sua sede. Igual medida foi realizada no Ministério Público (MPE-SP), em 15/12, ocasião em que foram relatadas as práticas antissindicais do reitor. Manifesto em defesa da sede do Sintusp está disponível em http://bit.ly/2hAK8Cz.
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