Porcentagem de docentes por categoria na USP* Porcentagem de docentes por categoria no "colegião"
MS-6
18,6
51,1
MS-5
25,4
29
MS-3
53
18,6
MS-2
2,7
1,1
MS-1
0,2
0,2
* fonte: Anuário Estatístico da USP 2008.

A sucessão na Reitoria da USP ganhou um destaque inédito neste ano, tanto nos veículos de comunicação internos à universidade quanto nos jornais e revistas da chamada grande mídia. Entretanto, essa mídia pouco ou nada noticiou a votação democrática promovida pela Adusp.

Nos eventos ocorridos nos vários campi da universidade por conta do processo sucessório, os grandes debates giraram em torno da democratização da USP, das eleições diretas para reitor(a), do ensino à distância, da reforma da carreira docente, do financiamento da permanência estudantil e de outros temas que fazem parte da pauta de lutas do movimento docente, estudantil e dos funcionários.

Todas essas questões foram tratadas nos dois debates promovidos pela Adusp e nas manifestações dos candidatos a reitor(a) publicadas nas últimas edições deste Informativo. Estes temas também estiveram em destaque nos debates promovidos nas Congregações e em órgãos da mídia. Assim, atuaremos no sentido de pressionar a próxima gestão da Reitoria para que essas questões venham a ser aprofundadas e encaminhadas, de forma ampla e democrática.

Diferentemente do que ocorre nas outras duas universidades estaduais paulistas, onde o resultado de uma consulta oficial a toda a comunidade tem sido acatado pelo colegiado competente, a USP escolhe sua lista tríplice em votações indiretas, em dois turnos, com colégios eleitorais diferentes, que não reproduzem a composição da universidade.

  Eleição democrática Colégio eleitoral
(1º turno)
Francisco Miraglia
1º (478)
4º (295)
Glaucius Oliva
2º (174)
1º (756)
Sônia Penin
3º (142)
5º (272)
João Grandino Rodas
4º (126)
2º (643)
Wanderley Messias da Costa
5º (57)
7º (167)
Francisco Oliveira
6º (56)
Armando Corbani
7º (55)
3º (423)
Ruy Alberto Corrêa Altafim
8º (37)
6º (202)
Sylvio Sawaya
9º (30)
8º (69)
No "colegião" vota-se em até 3 nomes, enquanto na Eleição Democrática vota-se em um único nome.

Comparação

O primeiro turno do procedimento estatutário de escolha de reitor, ocorrido no último dia 20/10, não respeitou o resultado da Eleição Democrática promovida pela Adusp, entre os docentes (tabela 2), e pela APG, entre os estudantes de pós graduação. As entidades representativas de funcionários técnico-administrativos e de estudantes de graduação, Sintusp e DCE, respectivamente, com base em decisões de suas assembléias, optaram por outros procedimentos.

No primeiro turno, votaram 1.641 membros do colégio eleitoral, composto por 1.925 integrantes, dos quais 1.673 são docentes — e 51% destes são professores titulares (MS-6). A comparação com a distribuição dos professores, por categoria, está na tabela 1. Com essa composição, não há como considerar representativa do corpo docente ou da Universidade qualquer votação desse Colégio Eleitoral. O que se pode dizer, então, do segundo turno que está por vir, no próximo dia 10/11, no qual acentua-se o peso dos professores titulares, em detrimento das outras categorias? A distorção é ainda mais profunda no que se refere à representação dos funcionários técnico-administrativos e dos estudantes.

Como já reiteramos, a Adusp, a partir das deliberações de sua Assembléia Geral, conclama os docentes, membros do colégio eleitoral do segundo turno, a votar no professor Francisco Miraglia, candidato vitorioso na Eleição Democrática promovida pela Adusp entre os docentes da universidade, nos dias 14 e 15/10, mesmo procedimento adotado em processos anteriores.

 

Matéria publicada no Informativo nº 296

EXPRESSO ADUSP


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