Esta pergunta foi feita pelo Informativo Adusp a algumas pessoas que integram a comunidade universitária. Confira as respostas:

“Entendo que a internacionalização da USP deve ser revista, juntamente com esse crescimento desenfreado que não se sabe para onde, ou para que direção está indo. A questão das fundações também deve ser olhada com muito cuidado. Se não há meios de acabar com elas, pelo menos que haja uma fiscalização intensa e uma moralização. Entendo também que a isonomia entre as três universidades públicas paulistas deve ser revista. Finalmente, acho que o docente que se dedica integralmente à USP, ou seja, aquele que comprovadamente não possui atividades extras, deve ser valorizado”.
Professor Luiz Jorge Pedrão (EERP, membro do Conselho de Representantes da Adusp)

“Investimentos”

“Definir uma política salarial e de investimentos em ensino, pesquisa e extensão e cumpri-la”.
Professora Márcia Carvalho de Abreu Fantini (IF, membro do Conselho de Representantes da Adusp)

“A principal coisa que esperamos de qualquer Reitor é que inicie um processo de democratização da universidade, de verdade, com eleições diretas e paritárias e Estatuinte soberana”.
Magno de Carvalho (Diretor do Sintusp).

“Defesa da USP”

“Liderar em todas as esferas a defesa incondicional da Instituição; traçar diretrizes de atuação para o papel da Universidade de São Paulo como geradora de conhecimento, formadora de pessoas e na defesa de um ensino básico de qualidade no país; recuperar a infra-estrutura física; modernizar e aprimorar o ensino de graduação; fornecer condições e ambiente para que as competências sejam desenvolvidas em plenitude”.
Professor Rui Curi (ICB)

“Considero que o aspecto central que deve orientar o programa do próximo Reitor é a democratização das instâncias de decisão da USP e escolha de Reitor”.
Professor Ruy Gomes Braga Neto (FFLCH, membro do Conselho de Representantes da Adusp

“Excesso de cautela”

É desejavel que o candidato a futuro Reitor da Universidade de São Paulo, muito mais do que apresentar um curriculo administrativo e/ou burocrático (como tem sido feito por muitos dos atuais candidatos) se posicione claramente sobre algumas questões centrais, como, entre outras questões importantes:

  • democratização das relações  de poder (em todas as instâncias) na USP;
  • perspectivas e problemas da atual  política de expansão das vagas na USP;
  • políticas do governo e da USP em  relação à inclusão dos excluídos (negros, pobres, portadores de necessidades  especiais, minorias etc);
  • papel e função das fundações de direito privado na  USP;
  • posicionamento sobre a luta (empreendida por docentes, alunos e  funcionários) pela autonomia política, acadêmica e financeira da USP;
  • implementação de políticas de apoio à permanência dos estudantes na USP (moradia, bolsas, etc);
  • política de recomposição salarial e de estruturação/reestruturação de carreira para servidores e docentes da USP.

Infelizmente, até o momento, pouco se ouviu dos reitoráveis sobre estas questões, não porque os candidatos não tenham o que falar mas, a meu ver, por um excesso de cautela dos senhores candidatos. A tentativa de agradar os poucos que têm direito a voto acaba tornando o discurso padronizado e vazio, o que dificulta a escolha dos eleitores. Nós que representamos a comunidade uspiana ainda temos a esperança de conhecer sua posição sobre as questões que verdadeiramente são importantes para a Universidade. Aguardamos seu pronunciamento.

Antonio Carlos Duarte de Carvalho (Representante dos Professores Doutores no CO)

Matéria publicada no Informativo nº 200

EXPRESSO ADUSP


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