Prefeito do Campus do Butantã visita a sede da Adusp

Em continuidade aos contatos ocorridos em 2014, a Adusp convidou o prefeito do campus do Butantã, professor Arlindo Philippi Junior, a visitar a sede da entidade, na Avenida Almeida Prado 1.366. Ele atendeu ao convite em 23/2/15, quando visitou a Adusp em companhia do engenheiro José Eduardo de Sá Sonnewend, assistente técnico de inspeção e atendimento emergenciais da Prefeitura do campus.

Na ocasião, além de conhecer as instalações da sede atual, que ocupa espaço cedido pela Prefeitura na gestão anterior, o prefeito tratou com o professor Ciro Correia, presidente da Adusp, questões pautadas nas reuniões anteriores, como as relativas à segurança e à realização de eventos no campus e as solicitações da Adusp de devida sinalização da localização da sede da entidade.

Por oportuno, tratou-se ainda de problemas surgidos mais recentemente, como as preocupações endereçadas à Adusp, não apenas pelos docentes, quanto aos problemas de trânsito, em especial na Portaria 3; os questionamentos sobre o modo como se deu a implementação de faixas exclusivas de ônibus e de ciclovias internas ao campus; e os problemas das creches que não estão recebendo as crianças selecionadas em 2014 para nelas ingressarem em 2015, alegadamente por falta de pessoal por decorrência das adesões ao PIDV.

O professor Ciro Correia colocou em dúvida a decisão dos gestores do campus do Butantã de implantar ciclovias adjacentes às faixas de ônibus, quando muitos ponderam que haveria espaço mais seguro nas áreas verdes dos canteiros centrais, a exemplo das ciclovias implantadas pela Prefeitura municipal de São Paulo nas avenidas Faria Lima e Fonseca Rodrigues. Em outros locais da capital paulista, nos quais não há essa possibilidade de utilização do canteiro central, o critério da maior segurança para os ciclistas prevaleceu naquelas ciclovias implantadas no lado oposto ao da faixa de ônibus.

Philippi Junior congratulou-se com a Adusp pela qualidade da reforma realizada e pelo bom aproveitamento do espaço cedido. Aproveitou a ocasião para entregar um conjunto de cópias dos diferentes folhetos que a Prefeitura está distribuindo sobre informações básicas dos campi, transporte e principalmente das iniciativas e projetos de longo prazo relacionados ao programa, de iniciativa da atual gestão, de “campus sustentável” e de “Gestão Sócio Ambiental do Campus”. Informou que, na avaliação da Prefeitura, as medidas aprovadas pelo Conselho Gestor do campus (CG), por proposição do Grupo de Trabalho que se ocupou da questão das festas no campus, em especial no que diz respeito à proibição de consumo de álcool em qualquer tipo de evento, estariam sendo bem recebidas e efetivas na prevenção do tipo de problemas ocorrido em ocasiões anteriores. Em seguida, entrando nas questões em pauta, esclareceu que:

• 1) estava surpreso que ainda não tivesse sido providenciada a devida sinalização do local da sede, com o respectivo totem de sinalização e placas de orientação no campus, o que, segundo ele, já havia sido autorizado. Solicitou ao engenheiro Eduardo Sonnewend, que colocou-se à disposição para essa ou outras demandas que pudessem surgir, que tomasse as providências para sanar essa pendência;

• 2) quanto aos problemas de trânsito na Portaria 3 diante da implantação de faixa exclusiva de ônibus na Av. Corifeu de Azevedo Marques, já estavam em contato com a CET e Prefeitura da Cidade no sentido tomar medidas que mitiguem os problemas da exígua área de faixa descontínua, para os veículos que precisem se colocar à direita no sentido de poder ingressar no campus; da localização do ponto de ônibus; e da localização de radares na área, de modo a evitar congestionamentos e multas;

• 3) no que diz respeito às ciclovias, alegou que o projeto foi elaborado em cooperação com a Companhia de Engenharia de Trânsito (CET) e com especialistas em transporte da Escola Politécnica, discutido ao longo de 2014 no âmbito do CG, que contemplaria representação da comunidade, e devidamente aprovado ao final de 2014, antes do início das obras. Posteriormente, enviou à Adusp ata da reunião do CG que deliberou sobre a questão.

• 4) No que concerne às creches informou que a situação é de inteira competência da Superintendência de Assistência Social, SAS.

Em relação aos temas 2 e 3, o prefeito Philippi Junior demonstrou atenção para com as ponderações feitas de que, no mínimo, algo parece estar faltando na comunicação com a comunidade que anteceda a implantação dessas medidas (ainda que tenham seguido os trâmites devidos no âmbito do CG), diante da percepção de muitos de que, do modo que estão sendo adotadas, provavelmente colocarão em risco os ciclistas, e poderão ampliar ao invés de reduzir os já graves problemas de trânsito que o campus enfrenta.

O prefeito do campus registrou a nossa observação de que colocar em tempo integral faixas exclusivas de ônibus, que só sejam efetivamente demandadas nos horários de pico, também não contribui para que o modelo seja aceito e respaldado, e se colocou à disposição para continuar tratando desses temas.

A Adusp vai discutir essas questões no âmbito do Conselho de Representantes e demais instâncias da entidade, de modo a definir encaminhamentos sobre todas elas.