Dia Internacional das Mulheres
Neste 8M, exigimos democratização da universidade, combate às violências sexuais e de gênero, e defesa dos direitos reprodutivos das mulheres!
A democratização da USP é uma das pautas levantadas pela Adusp para as manifestações desta sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. A falta de democracia na USP é uma característica da estrutura de poder atrelada à titulação, que retira as mulheres dos espaços de decisão da universidade.
Atualmente, considerando os níveis da carreira docente na USP, entre doutores(as), 42,5% das docentes são mulheres; na categoria associados(as), são 37%; e dos(as) titulares, o topo da carreira, as docentes mulheres são 29%. Dessa forma, a chegada a cargos de chefia e direção na USP, por sua vez atrelados antidemocraticamente à condição de professor(a) titular ou associado(a), é ainda mais afunilada para as mulheres.
O quadro docente da USP conta na atualidade com 37,5% de mulheres e 62,5% de homens. Apenas 2,4% dos(as) docentes da universidade são negros(as) ou indígenas. Quantas são as docentes negras e indígenas? Quantas docentes da USP são mulheres trans? É preciso que haja ampliação das políticas de ações afirmativas e de inclusão e permanência de docentes mulheres na universidade.
As mulheres são ainda mais prejudicadas na carreira e nos processos avaliativos pela sobrecarga no cuidado. É a elas que cabe, na maioria das vezes, o cuidado com as(os) filhos(as), além de serem elas também as responsáveis por parentes e amigas(os) e pelo acolhimento das pessoas na universidade, o gera uma enorme sobrecarga. É preciso que haja uma distribuição equânime do cuidado.
A universidade também precisa criar uma política institucional e efetiva de combate às violências sexuais e de gênero, uma vez que as mulheres sofrem com o machismo e outras violências cotidianamente. São tentativas de silenciamento, dificuldades impostas pela condição de mulher, desqualificação, entre outras violências que ocorrem no dia a dia.
As manifestações vão levar às ruas as pautas da defesa do fim do feminicídio e do transfeminicídio; pelo fim do genocídio dos povos indígenas, negro e palestino; e pela defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
A Adusp convoca: todas ao 8M pela vida das mulheres!
Hoje, em São Paulo, o ato ocorre a partir das 17h no vão do Masp, na Avenida Paulista. O ponto de encontro da Adusp será no Conjunto Nacional, na esquina da Paulista com R. Padre João Manoel. Em Ribeirão Preto, na Esplanada do Theatro Pedro II, às 16h.
Em São Carlos, ocorrerá um ato no dia 9/3 às 9h na Praça da Igreja São Benedito.
Em Piracicaba, haverá um sarau pela vida das mulheres no dia 9/3 às 16h30 no Largo dos Pescadores.
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