Fórum das Seis protesta contra proposta de redução de vagas na Unesp de Registro

O Fórum das Seis divulgou no último dia 30 de junho uma nota em defesa do curso de Engenharia da Pesca da Unesp, oferecido no câmpus da universidade em Registro. A Reitoria da Unesp propôs aos seus colegiados superiores (Câmara Central de Graduação/CCG e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão/CEPE) o não oferecimento de vagas no curso para o vestibular de 2026. A Engenharia de Pesca recebe 40 alunos(as) por ano.

“O fato nos preocupa porque pode representar um primeiro passo para a extinção desse importante curso, cujos problemas atuais exigem uma maior atenção da administração geral da Universidade, no sentido de dar condições para que sejam superados”, diz a nota do Fórum.

De acordo com a nota, o curso é “fundamental para o fornecimento de mão de obra especializada num momento em que o mercado de pescados está em franca expansão no estado e no país”.

Além disso, “produz conhecimento e tecnologia para o manejo sustentável dos recursos pesqueiros e para a preservação do meio ambiente aquático, seja ele marinho ou de rios, lagoas e manguezais” e é “um curso de importância estratégica para o desenvolvimento da piscicultura praticada por ribeirinhos e para o processo de industrialização desta atividade econômica”.

O Fórum das Seis “apela para que se estabeleça um diálogo mais profundo e democrático com a comunidade acerca de uma questão tão delicada e importante quanto o eventual fechamento e a consequente diminuição da oferta de vagas no ensino superior público paulista” e “insta a Unesp a envidar esforços para que sejam providenciadas condições que viabilizem a sustentabilidade do curso e a preservação das vagas oferecidas aos nossos jovens”.

O curso de Engenharia de Pesca foi criado em 2013, sendo a segunda graduação oferecida no câmpus de Registro, instalado em 2003. Sua primeira turma se formou em 2018. Uma reportagem produzida pela TV Unesp em 2019 mostra a importância do trabalho de docentes e alunas do curso na preservação dos manguezais em Cananeia e Iguape, no litoral Sul de São Paulo.

Leia a íntegra da nota do Fórum das Seis

Contra o fechamento de vagas públicas na Unesp. Em defesa do curso de Engenharia da Pesca.

O Fórum das Seis – que congrega as entidades sindicais e estudantis da Unesp, Unicamp, USP e Centro Paula Souza (Ceeteps) – manifesta preocupação com a iniciativa da Unesp de propor aos seus colegiados superiores (Câmara Central de Graduação/CCG e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão/CEPE) o não oferecimento de vagas no curso de Engenharia da Pesca, no campus de Registro, para o vestibular de 2026. O fato nos preocupa porque pode representar um primeiro passo para a extinção desse importante curso, cujos problemas atuais exigem uma maior atenção da administração geral da Universidade, no sentido de dar condições para que sejam superados.

Segundo manifestação recente do Conselho do Curso de Engenharia de Pesca de Registro, esta é a única graduação do gênero no estado de São Paulo. O curso propicia a formação de profissionais habilitados para a atuação concreta na atividade de piscicultura, bem como para a realização de pesquisas sobre questões ligadas a ela, constituindo um dispositivo fundamental para o fornecimento de mão de obra especializada num momento em que o mercado de pescados está em franca expansão no estado e no país. Produz conhecimento e tecnologia para o manejo sustentável dos recursos pesqueiros e para a preservação do meio ambiente aquático, seja ele marinho ou de rios, lagoas e manguezais. Trata-se de um curso de importância estratégica para o desenvolvimento da piscicultura praticada por ribeirinhos e para o processo de industrialização desta atividade econômica.

O Fórum das Seis apela para que se estabeleça um diálogo mais profundo e democrático com a comunidade acerca de uma questão tão delicada e importante quanto o eventual fechamento e a consequente diminuição da oferta de vagas no ensino superior público paulista. Ao mesmo tempo, insta a Unesp a envidar esforços para que sejam providenciadas condições que viabilizem a sustentabilidade do curso e a preservação das vagas oferecidas aos nossos jovens.

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