Como parte do processo de constituição de seu Grupo de Trabalho (GT) de Política Agrária e Ambiental, a Adusp participa da promoção do evento “Semana Mundial da Alimentação: ameaças à democratização e à segurança alimentar”, que acontece em Piracicaba (SP), no anfiteatro do Pavilhão de Ciências Humanas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), nesta quinta-feira (17/10) às 14 horas.

Trata-se de uma iniciativa inscrita no quadro de debates promovidos no Dia Mundial da Alimentação. Para 2019, a FAO — Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação — estabeleceu que o tema de discussão seja a promoção de uma alimentação saudável e sustentável, disponível e acessível para todos.

Estão previstas palestras de Rafael Junqueira Buralli, Natália Gebrim Dória, Fábio Frattini Marchetti e Sandro Dias. Buralli abordará os efeitos de agrotóxicos na saúde dos trabalhadores rurais, em contexto de liberação massiva de agrotóxicos pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Natália Dória tratará da agenda da segurança alimentar e nutricional no cenário atual, no qual assistimos ao desmantelamento dos conselhos nacionais de gestão das políticas públicas, em particular o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ainda que os conselhos municipais de segurança alimentar venham desenvolvendo esforços para preservar conquistas democráticas.

Fábio Marchetti abordará o papel dos assentamentos rurais na conservação da agrobiodiversidade, enfocando particularmente o caso das variedades de mandioca, ao passo que Sandro Dias discutirá as dinâmicas e potencialidades do engajamento agroecológico no âmbito da gastronomia nacional.

A “Semana Mundial da Alimentação” é organizada pelo Grupo de Pesquisa em Agriculturas Emergentes e Alternativas (Agremal) da Esalq e pelo Conselho de Segurança Alimentar de Piracicaba, e recebe apoio do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada (PPGI-EA) e dos professores da disciplina Sociologia e Extensão.

No que diz respeito à criação do GT de Política Agrária e Ambiental da Adusp, o professor Paulo Moruzzi Marques (Esalq), coordenador do Agremal e, também, diretor regional da Adusp, explica que a intenção é produzir conhecimento para participar do debate nacional sobre política agrária. “Temos potencial para constituir um grupo dinâmico e contribuir com o debate da Adusp”, avalia o docente.

A associação já vem acompanhando e apoiando eventos relativos à temática do novo GT, como a Jornada Universitária pela Reforma Agrária (JURA) e o ato “Resistir é Preciso”. Por ocasião da 4a JURA, em 2017, a Adusp denunciou a perseguição desfechada por setores da Esalq contra o professor Marcos Sorrentino, e participou ativamente da sua defesa. 

EXPRESSO ADUSP


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