Funcionalismo
Centrais sindicais rechaçam PLP 257
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, de autoria do Poder Executivo. Tal projeto estabelece o “Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal”, que permite congelar salários, suspender a realização de concursos públicos, aumentar alíquota de contribuição previdenciária e implantar o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) de servidores públicos.
Apresentado pelo governo federal em 21/3, o PLP 257 prevê três estágios e contém uma série de ações a serem realizadas, até que seja atingido o reequilíbrio das contas dos Estados, Municípios e União.
Resistência
O projeto de lei, que chegou ao plenário da Câmara dos Deputados em 23/3 e ainda não foi apreciado nas cinco sessões previstas, vinha sofrendo forte resistência dos servidores públicos federais e de entidades sindicais. O presidente da Adusp, em artigo intitulado “Breves Considerações sobre o PLP 257/2016 – Subsídios para Discussão”, avalia que tanto o texto do projeto como a exposição de motivos enviada pelos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG) à Presidência da República são “assaz contundentes […] no que diz respeito a minar alguns dos parcos direitos que ainda estão resguardados na Constituição Federal de 1988”.
A diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) publicou nota na qual considera o projeto como “altamente nocivo para todos os servidores públicos — federais, estaduais e municipais — e, por decorrência, também para todos os serviços públicos”.
Durante reunião em 12/4 sobre o projeto, com representantes da CUT, CTB, Nova Central, Força Sindical, UGT, CSP-Conlutas, CGTB e Pública, o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, acenou com a retirada das condicionantes que atingem diretamente os servidores públicos, mas sem assumir compromisso algum.
Por essa razão, as centrais sindicais garantem que a agenda de mobilizações contra o projeto se mantém enquanto as mudanças anunciadas não se concretizarem.
Nos dias 13 e 14 de abril, servidores de todo o país realizaram mobilizações em Brasília e atos nos Estados.
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