Sem justificativas razoáveis, Prefeitura do Câmpus de Ribeirão Preto está abatendo árvores nativas de grande porte

Enquanto a USP comemora prêmios de “sustentabilidade” recebidos no exterior, no seu câmpus de Ribeirão Preto árvores nativas de grande diâmetro e copas extensas são abatidas para dar lugar à construção de instalações. Basta ser área “de expansão” para que o desejo quase singular da Prefeitura do Câmpus seja prontamente atendido por uma Comissão do Meio Ambiente (CMA) que desde 2012 atua como “comissão de poda e extração”, como é apelidada pela comunidade cansada de ser surpreendida pela perda de vegetação.

Patricia MonticelliPatricia Monticelli
Árvores de grande porte derrubadas sem qualquer critério na USP de Ribeirão Preto. No detalhe, ninho de pássaros

A cidade, uma das mais desmatadas do país, sofre com a falta de sombra e o sol escaldante e a baixa e insalubre umidade relativa do ar. A USP de Ribeirão Preto só faz compensação ambiental graças ao projeto Floresta USP, uma conquista histórica de um grupo de biólogos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), que hoje não é vista com simpatia pelos representantes locais da Reitoria.

Provavelmente no último domingo (8/10), diversos exemplares de espécimes nativos de grande porte foram abatidos sem qualquer consulta à comunidade, ao que parece para a construção de um restaurante. As imagens que ilustram esta matéria foram captadas no dia 10/10. Mais uma grave agressão ambiental, que no entanto deverá permanecer impune.

EXPRESSO ADUSP


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