Meio ambiente
Sem justificativas razoáveis, Prefeitura do Câmpus de Ribeirão Preto está abatendo árvores nativas de grande porte

Enquanto a USP comemora prêmios de “sustentabilidade” recebidos no exterior, no seu câmpus de Ribeirão Preto árvores nativas de grande diâmetro e copas extensas são abatidas para dar lugar à construção de instalações. Basta ser área “de expansão” para que o desejo quase singular da Prefeitura do Câmpus seja prontamente atendido por uma Comissão do Meio Ambiente (CMA) que desde 2012 atua como “comissão de poda e extração”, como é apelidada pela comunidade cansada de ser surpreendida pela perda de vegetação.

A cidade, uma das mais desmatadas do país, sofre com a falta de sombra e o sol escaldante e a baixa e insalubre umidade relativa do ar. A USP de Ribeirão Preto só faz compensação ambiental graças ao projeto Floresta USP, uma conquista histórica de um grupo de biólogos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), que hoje não é vista com simpatia pelos representantes locais da Reitoria.
Provavelmente no último domingo (8/10), diversos exemplares de espécimes nativos de grande porte foram abatidos sem qualquer consulta à comunidade, ao que parece para a construção de um restaurante. As imagens que ilustram esta matéria foram captadas no dia 10/10. Mais uma grave agressão ambiental, que no entanto deverá permanecer impune.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- No apagar da gestão Carlotti Jr.-Nascimento Arruda, “reitoráveis” se movimentam em busca de apoios; Comissão Eleitoral está designada, mas ainda não definiu calendário
- Carlotti Jr. convoca Co extraordinário para votar em 6/8 proposta de mudança em concursos docentes; em nota, Diretoria da Adusp critica pressa e pede mais prazo para discussão do tema
- Secretário da Educação é ex-diretor e acionista de empresa que tem contratos com o Estado; em livro, Renato Feder já defendeu privatização total dos serviços públicos
- Investigação da Receita Federal conclui que a Fundação Faculdade de Medicina remunera dirigentes, e aponta fraude tributária; entidade perde condição de “filantrópica” e recorre
- Política afirmativa em vigor nos concursos da USP é “ineficaz” e precisa ser urgentemente reformulada, propõe Coletivo de Docentes Negras e Negros