A luta por moradia universitária na Unicamp é antiga. Em 1987 foi assinado um acordo entre o então reitor Paulo Renato de Souza e os estudantes: caso a Reitoria não construísse um espaço adequado para pelo menos 10% do corpo discente, os estudantes teriam permissão de ocupar outra área do campus. Passaram-se 23 anos e o acordo jamais foi cumprido. Assim, após deliberação de assembleia estudantil, foi efetivada a ocupação da administração da moradia estudantil em 3/4/2011. Depois de 22 dias, ao invés de negociar, a Reitoria reagiu chamando a PM e abrindo processo contra cinco alunos.

André Guerrero, coordenador do DCE, denuncia: “As sindicâncias abertas contra os cinco estudantes em represália ao movimento por moradia e os processos judiciais abertos contra nove funcionários da Unicamp, assim como os demais processos que ocorrem nas outras universidades, demonstram a postura dos governos e reitorias de optar pelo uso da força, ao invés do diálogo. A Reitoria da Unicamp tem tratado questões políticas como casos de polícia”.

Nove dos trabalhadores que fizeram parte do Comando de Greve durante a campanha salarial de 2010 foram surpreendidos com a abertura de inquérito policial, formalizado após boletim de ocorrência feito pela Procuradoria da Unicamp durante a greve. Os funcionários são acusados de gerar danos materiais e morais, violência e perturbação de ordem. O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Luís Scapin, conta que o sindicato tem procurado apoiar esses funcionários por meio de atos e assembleias.

 

Informativo n° 325

EXPRESSO ADUSP


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