Moção de Repúdio

O Fórum das Seis Entidades manifesta veemente repúdio à forma como o Governo do Estado do Rio de Janeiro vem tratando o movimento realizado por docentes, discentes e servidores técnico-administrativos da UERJ, em greve desde 03-04-2006. A ausência de reajustes salariais nos últimos cinco anos, causando perdas acumuladas de, no mínimo, 52%, é fruto do descaso de sucessivos governos estaduais, em especial do atual Governo do Estado, colocando tais trabalhadores em situação crítica, além de ameaçar o Ensino Público, Gratuito e de Qualidade tradicionalmente promovido pela UERJ.

– Por uma negociação efetiva que respeite o direito dos trabalhadores da UERJ à reposição salarial!

– Contra o sucateamento da Educação e por condições dignas de trabalho na UERJ!

São Paulo/SP, 20 de abril de 2006

Docentes, estudantes e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) estão em greve desde 3/4, denunciando perdas salariais acumuladas de 52%, cinco anos sem reajuste e condições insustentáveis de infra-estrutura.

O movimento começou no contexto da campanha salarial, após o governo estadual decretar, no final de março passado, adicionalmente um corte de 25% na verba de custeio mensal destinada à universidade, válido a partir de maio de 2006. Em vez dos atuais R$ 2,95 milhões mensais já insuficientes, a UERJ receberá apenas R$ 2,2 milhões.

“Após inúmeras e infrutíferas tentativas de negociação com o governo do Estado para estabelecer uma agenda de recomposição de salários e por melhores condições de trabalho, a comunidade da UERJ foi compelida à greve como alternativa legítima de reivindicação”, declaram numa nota contundente, divulgada em 10/4, os diretores de unidade em defesa da UERJ. Na mesma nota, os diretores conclamam “a comunidade acadêmica e toda a sociedade fluminense a se mobilizar e a se posicionar em defesa da UERJ”.

As três categorias reivindicam: orçamento anual que garanta o financiamento da universidade; melhores condições de estudo e trabalho; verbas suplementares emergenciais para reformas prediais; recomposição salarial; plano de cargos e carreiras para servidores técnico-administrativos; aumento no número e valor das bolsas assistenciais e acadêmicas; e a instalação de um restaurante universitário.

Os diretores declaram-se ainda contra “uma política de renúncia fiscal eminentemente eleitoreira que traz prejuízos à população e agrava ainda mais a manutenção de atividades”, promovida pelo Estado. Segundo eles, o corte imposto pelo governo estadual agravará o déficit orçamentário no pagamento de serviços de utilidade pública; reduzirá a verba de bolsas para estudantes; aumentará as dificuldades encontradas no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão; e redundará no contingenciamento de verbas para serviços terceirizados.

Outros setores do funcionalismo fluminense também estão em greve, entre os quais os servidores da rede pública estadual de ensino, inclusive das escolas técnicas. Assim como a comunidade da UERJ, eles também lutam por melhores salários e condições de trabalho.

O Fórum das Seis Entidades encaminhou, em 24/4, uma Moção de Solidariedade e Apoio às entidades que representam as categorias em greve e uma moção de repúdio ao Governo do Rio de Janeiro pela forma como vem tratando a UERJ (vide box).

 

 

Matéria publicada no Informativo nº 212

EXPRESSO ADUSP


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