Merece repúdio a nomeação do ex-reitor Marco Antonio Zago como presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Quando à frente da Reitoria da USP, Zago cortou verbas destinadas à pesquisa; desestruturou importantes laboratórios ao impor, sem qualquer estudo de impacto, o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), que levou a universidade a perder pessoal qualificado; atacou o Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP) e a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão, colocando em risco as bases que tornaram as universidades públicas estaduais uma referência para as universidades públicas brasileiras. Sucateou o Hospital Universitário (HU) e a Creche Oeste, destacadas unidades de pesquisa e extensão.

Além disso, Zago contratou clandestinamente a consultoria McKinsey&Company, com vistas a um processo de privatização, e ampliou a interferência de grupos privados na USP, entre eles o Grupo Cosan, beneficiário de importantes financiamentos da Fapesp, a título de incentivo à “inovação”.

A nomeação de Zago como presidente da Fapesp é, portanto, um desserviço à pesquisa paulista e brasileira, tendo como agravante o fato de acumular a pasta estadual da Saúde Pública.

São Paulo, 18/10/2018

A Diretoria da Adusp

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