A Assembleia Geral da Adusp realizada nesta quinta-feira, 23 de maio, debateu o desenrolar da campanha salarial da data-base 2024 e a rodada de negociação realizada no último dia 16 entre o Fórum das Seis e o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), cuja negociação alcançou 5% de reajuste.

Uma vez que esse índice está aquém do defendido pelo Fórum, a assembleia decidiu que a categoria deve manter-se mobilizada, acompanhando a arrecadação do ICMS, e que deve exigir dos reitores a realização de reuniões técnicas e de novas rodadas de negociação para avançarmos na recomposição salarial, uma vez que a perda acumulada desde 2012 é de 17,31% e a reivindicação do Fórum das Seis é de reajuste imediato de 10,05%, o dobro do oferecido pelo Cruesp.

Além disso, no entender da Assembleia Geral, é premente que o Cruesp debata e avance na construção de políticas isonômicas de permanência estudantil, conforme consta da Pauta Unificada de reivindicações. Na reunião de 16 de maio o tema foi apresentado, mas os reitores esquivam-se dele e negam-se a novas tratativas com o Fórum das Seis. Continuaremos insistindo para que esse ponto crucial e os outros itens da Pauta sejam contemplados em nova rodada de negociações.

No dia 16, a argumentação firme dos representantes das categorias e a vibrante manifestação do Fórum das Seis diante do local da negociação com o Cruesp (Inova USP), na qual foi decisiva a participação estudantil, acabaram fazendo com que os reitores abandonassem a proposta inicial de 3% de reajuste (um simples arredondamento da inflação do período) e acrescentassem a esse índice dois pontos percentuais.

A avaliação da Assembleia Geral é que uma efetiva mobilização das categorias, com maior pressão sobre o Cruesp, poderia ter resultado em avanço no índice de reajuste salarial, mais próximo dos 10,05% reivindicados, de imediato, na Pauta Unificada do Fórum das Seis.

A Assembleia Geral subscreveu a nota emitida pela Diretoria da Adusp sobre a violência cometida pela Polícia Militar na Alesp, ao agredir estudantes que se manifestavam contra a votação do PLC 9/2024 em regime de urgência.

Houve informes sobre a audiência pública realizada pela Frente Parlamentar em Defesa das Universidades e Institutos Públicos de Pesquisa, em 21 de maio; a votação do PLC 9/2024; a tramitação da PEC 9/2023 — a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) não deu quórum e o Fórum das Seis está fazendo vigília durante obstrução conduzida pela deputada Professora Bebel; e sobre a audiência pública relativa à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2025), que inicialmente foi agendada para 29 de maio, mas deverá ser adiada.

EXPRESSO ADUSP


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