Sarau da data-base amplia mobilização
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Aspecto da confraternização na sede da Adusp

A Adusp realizou o Sarau da data-base no dia 9/4, na sede da entidade, como forma de mobilizar a categoria em ambiente de confraternização. O Sintusp e o Diretório Central dos Estudantes (DCE-Livre) foram convidados e compareceram. O clima alegre, com comes e bebes e leitura de poesia, não impediu a reflexão sobre os obstáculos a enfrentar. “Sabemos que os governantes estão querendo quebrar as pernas dos sindicatos, haja vista a greve da Apeoesp, em que não houve negociação”, declarou o presidente da Adusp, professor João Zanetic, depois de citar a tentativa da Reitoria de dividir o movimento, concedendo aumento de 6% apenas para os docentes.

Zanetic enfatizou a necessidade de se “estreitar os laços entre as três entidades”, enquanto o Fórum das Seis aguarda que o Cruesp se manifeste sobre a data de início das negociações. “Espero que os docentes sejam solidários aos funcionários quando estes se mexerem”, declarou o presidente da Adusp. Ele relatou seu recente diálogo com o reitor, que teve como pano de fundo uma manifestação do Sintusp: “Está ouvindo este ruído? Foi você que o provocou junto com os demais reitores. Há 20 anos temos reajustes iguais, funcionários e docentes”, disse ele na ocasião ao professor Grandino Rodas, criticando o fato de o reajuste de 6% não beneficiar os funcionários. Já o professor Francisco Miraglia apresentou um conjunto de slides que analisa a perda salarial sofrida pelos docentes da USP desde 1989.

Tiago, do DCE-Livre, explicou que a atual gestão está procurando reorganizar a entidade e que todo início de ano é complicado. Ele considera um acerto a ênfase dada pelo Fórum das Seis à pauta de permanência estudantil e relatou problemas que foram identificados nos campi da USP. “Em São Carlos os estudantes têm autonomia na gestão das moradias há 40 anos, o que o Coseas agora tenta quebrar. Na EACH, distante 12 quilômetros do centro de São Paulo, os estudantes não têm moradia”, exemplificou.

Audiências

A reivindicação é de que todos os campi possuam um plano de permanência estudantil, que as bolsas sejam vinculadas ao salário mínimo e que seja cumprido o acordo de 2007, mediante a construção dos blocos de moradia. O DCE pretende, ainda, reivindicar a realização de audiências públicas sobre a permanência estudantil e sobre o programa Univesp.

“Nós funcionários tivemos uma surpresa no meio do caminho”, resumiu Aníbal Cavali, diretor do Sintusp, a indignação da categoria com o tratamento discriminatório recebido da Reitoria. Ele disse aos presentes que a mobilização tem atendido às expectativas: “A partir de 4/5 poderemos estar em greve”, advertiu, caso o Cruesp se mantenha irredutível. “Até agora não veio resposta para o Fórum”, destacou.

 

Informativo n° 304

EXPRESSO ADUSP


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